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Franceses usam 1º de maio para protestar contra reforma da previdência

Reprodução/Twitter angrynorfman




Após três meses e meio de uma luta incansável contra a reforma da previdência, os franceses continuam protestando contra a aprovação da medida. Para essa 2ª feira (1º.mai), quando é comemorado o Dia Internacional do Trabalhador, os principais sindicatos estão mobilizando mais uma onda de manifestações no país.

A expectativa é que aconteçam passeatas em cerca de 300 lugares diferentes. Em Paris, os protestos partirão da Place de la République, seguindo para a Place de la Nation. O objetivo é demonstrar a recusa “excepcional e popular” em relação à reforma da previdência, que, nas palavras dos sindicatos, “impõe um retrocesso social sem precedentes”.

“Ao persistir [com a medida], o presidente da República e seu governo não correspondem com as expectativas dos trabalhadores e não respondem às questões industriais e ao desenvolvimento dos serviços públicos. Pior, eles são responsáveis por a crise social e ambiental que continuam a agravar”, disse a Confederação Geral do Trabalho.

A reforma da previdência precisou passar pelo Conselho Constitucional após ser deferida pelo presidente Emmanuel Macron sem o aval do Parlamento. Apesar de ter vetado alguns itens, a Corte aprovou o aumento da idade de aposentadoria, que passará de 62 para 64 anos até 2030, bem como o aumento dos anos de contribuição.

Com isso, os manifestantes pedem uma nova deliberação, tal como previsto no artigo 10º da Constituição, com base em consulta centrada nas questões laborais. Segundo os sindicatos, essa seria uma escolha de sabedoria, apaziguando a relação entre a população e o governo.

Apesar da mobilização, é difícil que Macron repense sobre a reforma da previdência, já que vem tentando instalar a medida desde 2019. O líder defende que a reforma é essencial em meio aos países europeus, uma vez que a França conta com a idade mais jovem para se aposentar, além de ser necessária para garantir o futuro do sistema previdenciário, que, segundo o líder, deve enfrentar um déficit nos próximos anos.


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