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Fluminense x Vasco: Diniz e Barbieri buscam jogo ofensivo por caminhos diferentes

Um dos momentos em que Fernando Diniz e Maurício Barbieri deram as costas à beleza do futebol foi quando se enfrentaram pelo Campeonato Paulista de 2016. O Audax do hoje técnico do Fluminense venceu o Red Bull Brasil do agora treinador do Vasco, mas o resultado ficou em segundo plano depois que os dois discutiram asperamente na saída do gramado, gerando uma grande confusão até os vestiários.

Fora esse episódio feio, os dois tentam olhar sempre para o que há de mais bonito no jogo — o futebol ofensivo, a busca constante pelo gol. Ainda que com estilos um pouco diferentes. E essa promessa de partida boa de se assistir é um dos principais atrativos do clássico de domingo, no Maracanã.

Talvez por terem esse aspecto em comum, os dois deixaram a briga para trás. Quando enfrentou o Red Bull Bragantino ano passado, pela última rodada do Brasileiro, Fernando Diniz fez questão de elogiar Barbieri, mesmo com o técnico já fora da equipe do interior paulista, demitido na rodada anterior:

— Conheço bem o pessoal aqui, está todo mundo de parabéns. Barbieri fez um trabalho de primeiro nível. Em determinado momento neste ano, o time não conseguiu vencer seus jogos, mas é um dos times com futebol mais estruturado no país.


 

Do tempo em que ambos eram técnicos de times do interior paulista até os jogos pelo Brasileirão, foram seis partidas, com três vitórias de Diniz, dois empates e um triunfo de Barbieri.

Ano passado, o técnico do Fluminense levou a melhor, mas, em janeiro de 2021, o cenário foi o contrário. Os treinadores se enfrentaram pela Série A e o Red Bull Bragantino conseguiu vitória incontestável sobre o São Paulo de Fernando Diniz: 4 a 2, fora o domínio com a bola rolando.

— Não foi o São Paulo que perdeu, e sim o Red Bull que venceu, com muito mérito. E o placar não reflete o jogo. Poderíamos ter vencido com mais gols.

Intensidade é ponto chave


Eles vivem momentos diferentes na carreira. Diniz está consolidado na primeira prateleira depois de 2022, e já chegou a ser cogitado na seleção brasileira. Barbieri fez grande trabalho no Bragantino, mas ainda precisa de bons resultados à frente de um clube grande — a oportunidade de assumir o Vasco já no contexto de SAF pode ser o que falta.

O primeiro privilegia mais a posse de bola, a troca de passes. O outro procura mais verticalização rumo ao gol. Tanto que nos quatro jogos em que se enfrentaram pelo Brasileiro, independentemente do resultado, as equipes de Diniz sempre tiveram mais tempo com a bola.

O que há de comum é o jogo com intensidade no campo de ataque. E a falta disso neste começo de temporada tem incomodado Fernando Diniz no Fluminense.

Nas vitórias que teve sobre Maurício Barbieri, a palavra intensidade esteve presente na maioria de suas análises. Este ano, o treinador admitiu que muitos atletas ainda estão longe do físico ideal. O planejamento da comissão técnica é que o ritmo só seja atingido nas semifinais do Carioca e próximo do início da Libertadores. O problema é que, com clássicos pelo caminho, há a chance de cobrar caro. Como foi diante do Botafogo.

Já o Vasco vê esse aspecto, de intensidade, crescer a cada partida. Nas vitórias sobre Resende e Nova Iguaçu, houve momentos em que o time conseguiu impor grande volume de jogo. Falta ao time da Colina o entrosamento que o Fluminense já possui e isso foge do controle do treinador vascaíno. Será preciso paciência para que o conjunto se fortaleça. O clássico contra um dos melhores times do Brasil em 2022 será uma ótima chance para medir o nível atingido neste início de trabalho.

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Fonte: Folha PE

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