Foto: Nando Chiappetta/ALEPE
O clã Tércio chegou à campanha de Jaboatão com toda pompa, mas o resultado final foi, para muitos, uma decepção. Clarissa Tércio, que gerava grandes expectativas, não chegou ao segundo turno e viu Mano Medeiros, a quem apelidou de ‘laranja’, ser reeleito com ampla vantagem ainda no primeiro turno, transformando o apelido em uma “vitória doce”.
Sandro Tércio, irmão de Clarissa, também enfrentou dificuldades. Candidato a vereador, percorreu as ruas do município para expor os problemas já conhecidos pelos moradores e pelo próprio prefeito, mas apresentou poucas soluções concretas. O resultado? Obteve 1.893 votos, ficando na 2ª suplência do Progressistas, partido presidido em Pernambuco pelo deputado federal Eduardo da Fonte, ou “Dudu” para os mais íntimos.
As derrotas do clã não se limitaram a Jaboatão. No Recife, cidade governada por João Campos, Gil Tércio, cunhada de Clarissa, também não conseguiu se eleger vereadora, alcançando 4.507 votos, ficando na 3ª suplência.
Clarissa Tércio, que aceitou o apelido de “arengueira” dado pelo presidente do PL, Anderson Ferreira, acabou se deixando influenciar pelas provocações de um político experiente, um verdadeiro “velho de guerra”. Agora, ela precisa torcer para que os eleitores esqueçam alguns dos episódios “polêmicos” que protagonizou durante a campanha. Caso contrário, poderá enfrentar dificuldades até mesmo para renovar seu mandato de deputada federal. Muitos dos religiosos que antes a apoiavam ainda não digeriram bem sua postura em certos momentos da disputa.
Curiosamente, encontraram em Mano Medeiros, a mansidão e a paz tão pregadas pelos evangélicos, mais do que nela. É verdade que até os evangélicos podem se irritar, afinal, são feitos de carne e sangue, mas talvez não fosse necessário chegar ao ponto que chegou. O Blog deseja sorte à deputada e torce por mais serenidade nos próximos pleitos.
10/10/2024 às 16:53 – Por Andros Silva