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Eventos extremos e chuvas acima da média marcaram Pernambuco nos últimos quatro meses, diz Apac

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Em balanço divulgado nesta quarta-feira (31), a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) afirma que os quatro últimos meses foram marcados por eventos extremos e chuvas acima da média na maior parte das regiões do Estado. 

Segundo a agência, entre os dias 24 e 31 de maio, foram registrados, só na Região Metropolitana do Recife, 600 mm de chuva. Esse número é 50% acima da média histórica e o que era esperado para o período, que era de 400 mm. 

Para se ter uma noção da dimensão deste número, 1 milímetro equivale a 1 litro de água por metro quadrado. Então, em um acumulado de 30 mm, são 30 litros a cada metro quadrado. Com esse volume, os meteorologistas já chamam de chuva forte. 

Consequências desse maior acumulado foram os eventos extremos de deslizamentos de barreiras e todas as mortes e as famílias que tiveram suas casas destruídas e agora se encontram desalojadas

Os reservatórios apresentaram aumento no volume de água. A bacia do Rio Capibaribe, por exemplo, terminou abril com a média geral de volume de seus reservatórios em 14% da capacidade. Já no mês de abril, essa média saltou para cerca de 30%. No balanço desta quarta (31), o volume geral chegou a 38%.

Apesar desse aumento, sete reservatórios fecharam o mês em colapso no volume de água. Quatro deles estão no Sertão pernambucano, todos pertencentes à bacia Hidrográfica do Rio Brígida.

Barragens


As barragens também foram afetadas pelas fortes chuvas desse quadrimestre. Seis apresentaram o volume máximo da capacidade (100%): Bita, Pirapama, Utinga, Prata, Cursaí e Siriji. Todas localizadas na Região Metropolitana ou próximas a ela.

Outras que também chegaram próximo à capacidade máxima foram Botafogo, Duas Unas, Várzea do Una e Tiúma, superando os 90% de acumulado.

La Niña


A Apac registrou o fenômeno La Niña, que acontece no oceano Pacífico (Tropical Central e Oriental), como um dos fatores principais para o acumulado excessivo desse último quadrimestre. 

Em conjunto com as mudanças climáticas, a agência registra para o próximo trimestre mais uma interferência desse fenômeno nas previsões para Pernambuco. Há uma maior probabilidade (77%) do La Niña na região equatorial do oceano Pacífico. Isso resulta em um tempo mais seco e com poucas chuvas.

Volume esperado para setembro

A primeira parte de setembro é considerada um período de transição. Segundo a Apac, a previsão é de redução da quantidade de chuvas em comparação com os meses anteriores.  São esperados cerca de 100 mm para este mês.

Para os próximos cinco dias, o volume de chuvas tende a ser fraco ou nulo em todo o Estado.

Próximo trimestre


Com a chegada da primavera, no próximo dia 22, o volume esperado para o próximo trimestre está dentro da média climatológica. Segundo a agência, a média esperada é por volta dos 100 mm.

Os meses de setembro a novembro fazem parte do período seco de todas as mesorregiões pernambucanas e as médias de chuva são muito baixas, com valores de temperatura elevados e umidade relativa do ar muito baixa no Sertão. 

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