Lewis Hamilton se manifestou novamente após um vídeo em que o brasileiro Nelson Piquet se refere a ele como “neguinho”. Em sua chegada ao paddock da F1, para a disputa do GP de Silverstone, na Inglaterra, o piloto afirmou que tem “sido alvo de racismo e narrativas negativas e arcaicas e tons de discriminação”.
“Fazem dois anos desde que nos ajoelhamos na Áustria. Claro que ainda enfrentamos os desafios. Eu tenho sido alvo de racismo e narrativas negativas e arcaicas e tons de discriminação. Não sei por que continuamos a dar uma plataforma a essas pessoas mais velhas”, disse Hamilton.
O piloto afirmou que declarações como a de Piquet refletem “vozes antigas” que acreditam que, “subconscientemente ou conscientemente”, pessoas como ele não “deveriam estar no esporte”. O inglês já havia se manifestado sobre o ocorrido, dizendo que a prioridade seria “focar em mudar a mentalidade”.
Vamos focar em mudar a mentalidade
— Lewis Hamilton (@LewisHamilton) June 28, 2022
“Eles estão falando sobre o esporte, mas estamos olhando para uma direção diferente. É a imagem maior. Agora é uma reação imediata de empresas de todo o mundo. Provavelmente todos eles já têm um roteiro pronto para esse gerenciamento de crise. Não é suficiente. Agora é sobre ação”, reforçou o inglês.
Antes, Hamilton já havia criticado a fala de Piquet, afirmando que tratava-se de “mentalidade arcaica” e que “chegou a hora da ação”, pelo fato de atitudes como a do brasileiro serem “mais do que linguagem”.
Tricampeão da Fórmula 1, Piquet fez a afirmação ao ser perguntado se uma tentativa de ultrapassagem feita por Max Verstappen sobre o inglês, no GP de Silverstone do ano passado, era similar a uma feita por Ayrton Senna, em prova realizada 1990. Procurada pela reportagem, a assessoria de Nelson Piquet não quis se manifestar sobre o caso.
O registro da fala de Piquet passou a circular nas redes sociais desde o domingo. No Brasil, ocorre crime de racismo quando há ofensa à dignidade de alguém, com base em elementos referentes à sua raça, cor, etnia, religião, idade ou deficiência, com pena que pode ir de 1 a 3 anos de reclusão.
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Fonte: Folha PE