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Militares israelenses avançam em uma estrada no sul de Israel, enquanto foguetes são lançados da Faixa de Gaza, nos arredores da cidade de Sderot

Dezenas de homens armados do grupo palestino Hamas se infiltraram no sul de Israel a partir da Faixa de Gaza num ataque surpresa realizado neste sábado (7/10).

Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram supostos militantes palestinos atirando em transeuntes nas ruas da cidade israelense de Sderot.

Disparos de foguetes vindos de Gaza também mataram uma mulher israelense.

Logo após os ataques, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, postou um vídeo nas redes sociais dizendo que o país “está em guerra”.

“Convoquei os chefes do sistema de segurança, e antes de mais nada os instruí a limpar os assentamentos dos terroristas que se infiltraram — esta operação está acontecendo agora”, declarou ele.

O ministro da Defesa de Israel disse que o Hamas “cometeu um grave erro e lançou uma guerra” contra o próprio país.

“As tropas [israelenses] estão lutando contra o inimigo em todos os locais”, acrescentou Yoav Gallant. “O Estado de Israel vencerá esta guerra.”

As Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram que entraram em prontidão para guerra e que dezenas de caças estavam realizando ataques aéreos contra instalações do Hamas em Gaza.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, diz que o seu povo tem o direito de se defender contra o “terror dos colonos e das tropas de ocupação”, de acordo com a agência de notícias Reuters.

Os serviços de emergencia de Israel calculam que pelo menos 22 pessoas morreram após os ataques.

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Palestinos comemoram enquanto um veículo militar israelense pega fogo depois de ter sido atingido por homens armados que se infiltraram em áreas do sul de Israel

O disparo de foguetes a partir de Gaza — que é governada pelo Hamas — começou logo após o amanhecer deste sábado, no final do feriado judaico de Sucot.

Enquanto as sirenes soavam em Israel, as FDI anunciaram que “terroristas” se infiltraram no território israelita “em vários locais diferentes”.

As forças de Defesa pediram aos civis que moram na região que fiquem próximos de abrigos.

Imagens postadas na internet parecem mostrar um grupo de militantes palestinos fortemente armados, vestidos com uniformes pretos, dirigindo uma caminhonete pela cidade de Sderot.

Num outro vídeo, os mesmos indivíduos pareciam trocar tiros com as forças israelitas nas ruas da cidade, que fica a apenas 1,6 km de Gaza.

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Foguetes são disparados por palestinos contra Israel, em Gaza

Há relatos não confirmados nos meios de comunicação palestinos de que vários israelitas foram capturados por militantes. Também circulam imagens de palestinos em Gaza conduzindo veículos militares de Israel.

Enquanto isso, os disparos de foguetes continuaram a acontecer durante a manhã de sábado. A mídia local informa que mais de 2,2 mil projéteis haviam sido lançados até o momento contra Israel.

Um alto comandante militar do Hamas anunciou o início da operação numa transmissão pelos meios de comunicação do grupo, apelando que palestinos de todo o mundo lutem.

“Este é o dia da maior batalha para acabar com a ocupação”, disse Mohammed Deif.

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Um prédio em chamas após ataques com foguetes vindos da Faixa de Gaza, em Tel Aviv, Israel

Falha de inteligência surpreende Israel

Análise de Frank Gardner, correspondente de segurança da BBC News.

Os eventos das últimas horas revelam uma colossal falha de inteligência de Israel.

O país possui uma das redes de inteligência mais extensas e sofisticadas do Oriente Médio.

Israel mantém informantes em grupos militantes não apenas nos territórios palestinos, mas também no Líbano, na Síria e em outros locais.

No passado, esse sistema de inteligência foi capaz de assassinar líderes militantes com ataques precisos de drones ou mesmo com armadilhas em celulares.

E hoje, no final de um feriado judaico, as forças do país parecem ter sido apanhadas dormindo ao volante.

O Hamas conseguiu planejar e lançar este ataque cuidadosamente coordenado contra Israel, aparentemente em total sigilo.

Israel retaliará com força maciça, como se espera. Mas os israelenses se perguntarão agora por que é que os espiões do país não previram e alertaram sobre esse ataque.