A Câmara de Vereadores de Olinda rejeitou, na tarde desta quinta-feira (26), o pedido de abertura de processo de impeachment contra a prefeita Mirella Almeida (PSD). Por 13 votos contrários, dois favoráveis e duas ausências, o plenário enterrou a tentativa de afastamento da gestora ainda na fase inicial de admissibilidade.
O resultado evidenciou a força da base governista na Casa Bernardo Vieira de Melo, que atuou para blindar a prefeita e evitar que a denúncia, protocolada pelo advogado e ex-candidato a prefeito Antônio Campos (PRTB), ganhasse fôlego. Campos alegava descumprimento da Lei de Acesso à Informação e falta de transparência nas contas públicas, especialmente sobre os gastos com o Carnaval 2025.
Mesmo antes da votação, interlocutores da gestão já davam como certo o arquivamento do pedido. A articulação incluiu reuniões com líderes partidários e forte atuação do núcleo político do governo, que conseguiu garantir apoio suficiente para barrar o processo com ampla margem.
Com o resultado, o pedido é automaticamente arquivado, sem abertura de comissão processante ou prazo para defesa por parte da prefeita. A oposição, que contava com ao menos cinco votos para dar sequência ao caso, saiu fragilizada após a derrota expressiva.
Nos bastidores, a votação foi vista como uma demonstração de que Mirella mantém o controle da maioria dos vereadores e segue com estabilidade política — ao menos por agora.