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Em assembleia, metroviários mantêm estado de greve, mas não haverá paralisação do serviço

Em assembleia realizada nesta quinta-feira (19), o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco optou por manter o estado de greve, mas não haverá a paralisação do serviço. 

Dessa forma, os servidores mantêm a decisão da assembleia realizada na quarta-feira passada (11), quando foi decretado o estado de greve. A movimentação da categoria foi tomada após o anúncio de estadualização/ privatização e devido ao constante sucateamento do sistema do metrô. Os servidores também defendem a tarifa social de R$2 para a população. 

A próxima assembleia dos funcionários será realizada na quinta-feira da semana que vem, dia 26, às 18h.

Durante a plenária, realizada na área externa da Estação Central, no bairro de São José, os metroviários votaram três propostas: decretação de greve por tempo indeterminado; paralisação por 48h na terça e quarta-feira, com assembleia e passeata até o Palácio do Campo das Princesas; e a manutenção do estado de greve, com nova assembleia marcada para o dia 26, em que se discutirá a deflagração de greve a partir dessa data.

A terceira foi a que obteve apoio da maioria. Ao todo, 365 trabalhadores assinaram a ata de presença na votação, mas, de acordo com o sindicato, nem todos chegaram a fazer o registro.

Tensões e diálogos


Desde a semana passada, depois que o Governo do Estado anunciou a intenção de assumir a gestão do Metrô para, em seguida, intermediar a concessão para uma empresa privada, que ficaria à frente do sistema pelo prazo de 30 anos, as tensões cresceram entre os metroviários, o Executivo estadual e o Governo Federal, atual responsável pela administração da rede.

Na noite de 19 de maio, o Sindmetro-PE aprovou o estado de greve, deixando para esta semana a discussão sobre uma possível paralisação que poderia ter começado hoje.

O recuo na decretação de greve se deu após tratativas com representantes do Governo do Estado. “A questão passada por eles é que não há nada formalizado. Só depois que os estudos [sobre a estadualização/concessão] forem concluídos é que será apresentada uma proposta ao Governo Federal”, explicou o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares. Além da revogação da medida, a categoria defende mais investimentos públicos no sistema e a implantação de uma tarifa social de R$ 2.

De acordo com Soares, caso as negociações não avancem, a possibilidade de greve será votada. “A gente precisa trazer o conjunto da categoria para cá e a população para discutir conosco essa situação. Aí, possivelmente, se não avançar nesse sentido, a gente vai fazer a paralisação”, disse.

Modelo em discussão


Por nota, o Governo de Pernambuco disse esperar que o Executivo federal cumpra com a obrigação de manter as linhas do transporte em funcionamento enquanto se concluem os estudos de viabilidade econômica.

Além disso, ressaltou que o modelo de gestão a ser proposto ainda será submetido a diversas instâncias do debate público. “Quando de posse dos estudos do BNDES, o Governo do Estado fará as devidas análises e apresentará suas propostas de investimento e modernização do Metrô do Recife”, concluiu.


 

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