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Não é de hoje que a questão do ‘doutor Google’ é debatida. O paciente está com algum sintoma, insere na ferramenta de busca e, em instantes, já tem informações, o “diagnóstico” e, provavelmente, qual medicamento resolverá aquela situação. No Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, celebrado no dia 5 de maio, a médica do trabalho do SESI-PE, Rosângela Ferreira, reforça que, embora seja uma prática comum, ela não deve substituir a consulta com o médico, uma vez que é possível surgirem preocupações desnecessárias ou, pior, tratar como insignificante um problema potencialmente sério.
“O uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer consequências como reações alérgicas, dependência e até a morte. Dentre os riscos mais frequentes para a saúde que a prática da automedicação pode causar estão a intoxicação, resistência aos remédios e a possibilidade de interação medicamentosa. Por isso, não faça uso de nenhum medicamento por conta própria, pode ser perigoso para sua saúde.”, explica Rosângela, complementando que, no Brasil, de acordo com estudos realizados pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), quase metade dos brasileiros se automedicam pelo menos uma vez por mês e 25% usam a prática todo dia ou pelo menos uma vez por semana.
A médica pontua que o principal problema das pesquisas na internet é que as informações acerca de uma condição de saúde ou doença disponíveis online são, muitas vezes, tratadas como diagnóstico pelo usuário. “A pessoa lê as informações, se identifica com os sintomas descritos e acredita que aquela condição abordada corresponde ao seu caso. Isso é perigoso porque estimula a prática da automedicação”.
Rosângela esclarece que, antes de ingerir qualquer medicamento, a orientação é realizar uma consulta com um profissional da saúde, que vai avaliar as características do metabolismo do paciente e realizar o diagnóstico da patologia. “Mesmo remédios para dores de cabeça ou para cólica menstrual, por exemplo, que as pessoas costumam comprar na farmácia rotineiramente, devem ser prescritos por um profissional de saúde”, recomenda.
Embora a grande maioria dos remédios precisem de prescrição médica, existem os medicamentos isentos de prescrição (MIP), que são os que não exigem a receita para serem vendidos. “Essa nova categoria de medicamentos abrange aqueles medicamentos que podem ser prescritos por farmacêuticos”, esclarece Rosângela.
Foto: freepik
Fonte: Prefeitura de Caruaru
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