Primeira Marcha da Maconha de Jaboatão acontece neste domingo, a partir das 14h, na praça do Rosário
Mesmo com todas as declarações contrárias a marcha, o Ministério Público confirma legalidade do ato. Vereadores do município contrários à realização do evento foram vencidos pela lei.
A atividade, desenvolvida por ativistas dos direitos humanos, tem por objetivo discutir uma nova política de drogas e apontar os males que a proibição causa no município.
A Marcha da Maconha é um evento anual que acontece em várias cidades do Brasil e do mundo, com o objetivo de promover a legalização e regulamentação da maconha e combater a discriminação e criminalização de usuários de drogas. O evento pretende discutir questões sociais profundas que vão muito além do uso recreativo.
Em 2023, Jaboatão terá a primeira edição do evento que acontece no próximo domingo (28). A concentração será na Praça Nossa Senhora do Rosário, Centro de Jaboatão, a partir das 14h. O evento contará com apresentações culturais e manifestações políticas, culminando numa grande caminhada pelas ruas do centro da cidade levantando a bandeira da legalização.
O Ministério Público de Pernambuco expediu recomendação orientando as Polícias Civil e Militar a não coagir os manifestantes, não impedir o ato sob pretexto de apologia ao uso de substâncias, além de evitar o uso de força desproporcional.
Carlos Santos, que é Psicólogo e um dos organizadores do ato explicou:
“Estamos promovendo a primeira Marcha da Maconha de Jaboatão com o objetivo de incidir politicamente no município, ampliar o debate sobre a questão das drogas e possibilitar o diálogo com os agentes políticos necessários. A questão da maconha e das drogas em geral deve urgentemente ser tratada como um fenômeno de saúde pública e não de justiça penal como é atualmente.”
Com o tema “Não é só pra fumar um”, a atividade tem por objetivo denunciar questões graves associadas à proibição da cannabis, popularmente conhecida como maconha. O grupo afirma que deseja fazer apontamentos políticos que vão muito além do uso recreativo da maconha.
Questionado sobre quais seriam essas questões, Carlos Santos afirmou que “A guerra às drogas é na verdade uma guerra às pessoas, sobretudo aquelas marginalizadas. A proibição mata mais do que o próprio uso e gera problemas sociais graves e muitas vezes irreparáveis como por exemplo o extermínio e encarceramento da juventude negra e periférica, a dificuldade de acesso à medicamentos à base de maconha, a criminalização de pessoas que usam drogas, além de alimentar profundamente a violência pública. Sim, a proibição causa muitos males e já se mostrou uma política ineficaz tanto no caráter de segurança quanto, e principalmente, no caráter humanitário”, concluiu Santos.
SERVIÇO
1ª Marcha da Maconha de Jaboatão dos Guararapes
Dia: 28/05/2023
Hora: 14h – 18h
Local: Praça Nossa Senhora do Rosário, Jaboatão Centro
CONTATOS
Carlos Santos (Presidente e Diretor de Comunicação Ong Arco)
(81) 9.9542-1314
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