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Diversidade e inclusão dão o tom da abertura da segunda edição dos Jogos do Orgulho

Competição continua no próximo dia 10, no ginásio de esportes da UFPE. A disputa da semifinal e da final de cada categoria ocorrerá no Ginásio do Geraldão, na Imbiribeira, no dia 17 de julho (Foto: Edson Holanda/PCR)

Disputas de vôlei e queimado marcaram o início da segunda edição dos Jogos do Orgulho, realizado no ginásio de esportes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), neste domingo (3). A ação, realizada pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Executiva de Juventude (Sejuv), faz parte das comemorações do Mês do Orgulho LGBTQIAP e busca reforçar o compromisso da gestão com a garantia do acesso democrático dos jovens ao esporte e lazer.

O secretário executivo de Juventude Marcone Ribeiro comemorou mais uma edição do evento e destacou o compromisso da Prefeitura com as demandas da juventude. “Os jogos são uma das demandas apresentadas no Plano da Juventude, onde traz como objetivo a promoção de atividades esportivas de inclusão de jovens LGBTQIAP , nessa perspectiva de campeonato, que a gente ainda não tem na cidade. Quando a gente fala de participação esportiva da comunidade há ainda muito preconceito. Ainda tem um estigma muito grande sobre esse público. Então, para a gente promover um campeonato onde coloca esse público como principal protagonista, mas não exclui outras juventudes, é muito simbólico. Estamos muito empolgados porque este ano tem tudo para ser sucesso”, afirmou o secretário.

No domingo, dez equipes de vôlei e seis de queimado disputaram uma vaga na semifinal, que vai ser realizada no próximo domingo (10), na UFPE. A competição, que segue até dia 17 de julho, vai reunir mais de 400 jovens com jogos também na modalidade de futsal. Ao todo, a competição terá 21 equipes que vão disputar jogos de Vôlei, Futsal (feminino e masculino) e Queimado com equipes mistas. A disputa da semifinal e da final de cada categoria ocorrerá no Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão), na Imbiribeira, no dia 17 de julho.

Safira Hiorrana, de 21 anos, falou da importância do seu esporte preferido estar representado na competição. “Este é o segundo ano que eu participo do Jogos do Orgulho. Nossa comunidade não tem muita visibilidade e os jogos são para mostrar os esportes que gostamos e não são valorizados, como a Queimado. Esse é um espaço para a gente se divertir, congregando com outras modalidades. Acho que deveria ter mais eventos deste tipo na cidade porque nos sentimos privilegiados”, ressalta.  

Guilherme Mangueira também participou do evento, como técnico de equipes de Vôlei da UFPE.  “Acho muito importante essa ação da Prefeitura do Recife. Uma ação afirmativa de inclusão voltado para o público LGBTQIAP , tendo em vista que as pessoas da comunidade já são excluídas na sociedade. Então, congregar nossa comunidade com o esporte é de muita importância”, pontuou.

Em sua segunda edição, os Jogos do Orgulho tem como objetivo inserir a comunidade LGBTQIAP nas práticas esportivas da nossa cidade. Os jogos pretendem promover a inclusão ativa dos jovens nas práticas esportivas comunitárias. Dessa forma, uma das exigências na formação das equipes foi pelo menos 50% dos participantes de cada time ser LGBTQIAP , incluindo o líder da equipe.

MURAL – Além da competição, nesta edição os Jogos do Orgulho contaram com a pintura de mural na Rua das Ninfas, na Boa Vista, celebrando a diversidade, o direito ao esporte e as Olimpíadas de Paris 2024. A ação é uma parceria com o Consulado Francês, a Secretaria Executiva de Inovação Urbana, o Clube Metrópole, Instituto Boa Vista e o coletivo Aurora de Estrelas.

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