A disputa pelo comando das comissões permanentes do Senado pode parar no Supremo Tribunal Federal. É que o bloco de oposição, que reúne 23 senadores, não conseguiu indicar o presidente de nenhuma comissão e agora quer recorrer à Suprema Corte alegando que o Senado feriu o princípio da proporcionalidade no acordo com os partidos pelas presidências. Uma reunião de líderes discutiu esse assunto nesta quinta-feira. E o senador Carlos Portinho, do PL, explicou.
Nessa quarta-feira, 13 das 14 comissões permanentes elegeram seus presidentes. Como já previsto, a comissão mais importante, a de Constituição e Justiça, ficou com o senador Davi Alcolumbre, do União do Amapá. PSD e MDB foram os partidos que mais tiveram indicações: 3 comissões cada: PT com duas, assim como o União Brasil. As outras ficaram com Podemos, PDT e PSB.
Até por conta desse imbróglio com as escolhas, os senadores do PL, PP, Republicanos e Novo, que formam o bloco Vanguarda, se abstiveram de participar das votações nessa quarta-feira. Uma das explicações para não contemplar esse bloco na escolha das comissões, é que o Vanguarda apoiou a candidatura de Rogério Marinho à presidência da Casa na disputa com Rodrigo Pacheco. Aliás, o senador Carlos Portinho, que é do PL, chegou a propor a criação de mais três comissões para que a bancada pudesse ser contemplada. A ideia seria desmembrar, por exemplo, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte. Outra possibilidade seria dar para a oposição a vice-presidência de alguma comissão.
Mas, na saída da reunião de líderes, Pacheco não quis comentar o assunto. Apenas disse, muito rapidamente, que iria avaliar essa questão.
Fonte: Agência Brasil
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