‘A Caatinga tem uma biodiversidade riquíssima, temos 548 espécies diferentes de aves’, informou ao g1 o biólogo Alexandre Nunes.
Facheiro — Foto: Alexandre Nunes/Divulgação
Nesta quinta-feira (28) é comemorado o Dia Nacional da Caatinga, o principal bioma de Caruaru e região. A palavra Caatinga tem origem do tupi-guarani e significa “mata branca”. “Corresponde a 10% do território brasileiro, sendo um bioma exclusivamente nacional. Suas principais características são as altas temperaturas (24 a 26° C), o baixo índice pluviométrico, as árvores baixas com folhas pequenas, plantas com espinhos, muitos arbustos”, explicou ao g1 o biólogo Alexandre Nunes.
“As plantas da Caatinga têm uma adaptação específica para esse bioma. Geralmente, as folhas são pequenas e grossas, justamente para não perder água. Um detalhe: a casca é permeável para armazenar água por mais tempo”, detalhou o biólogo.
Ao g1, Alexandre Nunes ainda destacou que os ventos fortes contribuem para aridez do bioma e os rios são temporários ou intermitentes (secam na estiagem). “A Caatinga tem uma biodiversidade riquíssima, temos 548 espécies diferentes de aves, que representam 1/3 das aves do país; 3,2 mil espécies de plantas, dessas, 1/3 são endêmicas (só encontradas nesse bioma) e 183 espécies de mamíferos”, detalhou.
Palma — Foto: Alexandre Nunes/Divulgação
A flora é composta por juazeiro, mandacaru, facheiro, xique-xique, catingueira-verdadeira e umbuzeiro, e na fauna podemos encontrar mocó, asa branca, gavião carcará, cachorro-do-mato e morcegos. O dia escolhido para sensibilizar e conscientizar a população da importância desse bioma foi a data do nascimento de um pioneiro no estudo da Caatinga: o professor, engenheiro agrônomo e ecólogo João de Vasconcelos Sobrinho.
O profissional pioneiro nos estudos dá nome para Serra dos Cavalos – Parque Municipal Natural João Vasconcelos Sobrinho, localizado em Caruaru. “Este bioma está presente em grandes obras literárias, como em ‘Casa Grande e Senzala’, de Gilberto Freire, ‘Vidas Secas’, de Graciliano Ramos, ‘Os Sertões’, de Euclides da Cunha, e ‘O quinze’, de Rachel de Queiroz”, concluiu o biólogo.
Cacto — Foto: Alexandre Nunes/Divulgação
Vídeos de Caruaru e Região
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!
Você precisa fazer login para comentar.