Desta vez, Neymar saiu da Copa melhor do que quando entrou

Independentemente de ser contra os posicionamentos políticos e de vida de Neymar, tenho que admitir que o camisa 10 da Seleção Brasileira saiu bem mais fortalecido dessa Copa do Mundo do que quando entrou, em meados de novembro. Digo isso porque, ao final do Mundial da Rússia, há quatro anos e meio, ele ficou estigmatizado por conta do “cai-cai” e das tabacudices nas partidas. Parecia um menino buchudo. Então foi meme até umas horas.

Na Copa do Brasil, em 2014, além da séria contusão que ele teve na coluna, todo o time ficou marcado negativamente por conta do fatídico 7×1 para a Alemanha. Ali a desgraça foi geral.

Agora não. Neymar se concentrou e conseguiu arrumar forças para se recuperar de uma contusão no tornozelo na estreia que quase o tirou da Copa. Depois disso, assumiu a liderança do grupo, fez gols (inclusive o último um golaço), não se envolveu em polêmicas e brigas e nunca mais fez o “cai-cai”.

Uma cena que marcou muito foi no final do duelo com a Croácia, quando o filho do lateral croata Perisic foi tentar consolar o brasileiro, que acabou sendo bastante receptivo com o garoto. Ou seja, nesta Copa do Mundo, Neymar se comportou como um craque deve se comportar, nas vitórias ou nas derrotas.

Apesar disso tudo, não foi possível conquistar o tão sonhado Hexa. Sinceramente, torço que todos esses obstáculos sirvam de reflexão para que Neymar e os demais jogadores cresçam como pessoas e como profissionais. Afinal, a vida não chegou ao fim, todos eles são muito jovens ainda e daqui a três anos e meio tem mais Copa. Rumo ao Hexa em 2026, Brasil!

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