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Delegado detalha operação em AL e PE contra fraudes no Auxílio Emergencial: ‘Mais de uma centena de CPFs utilizados’

A organização criminosa alvo da operação da Polícia Federal contra fraudes no Auxílio Emergencial utilizou indevidamente mais de 100 CPFs de terceiros. Em entrevista nesta terça-feira (10), o delegado da Polícia Federal Gustavo Gatto detalhou a Operação Apate.

A PF cumpriu 10 mandados de busca e apreensão. Nove foram cumpridos em Alagoas e um, em Pernambuco.

“Neste momento nós temos 9 pessoas investigadas, que eram as pessoas responsáveis por fazer a cooptação dos empregados das lotéricas e alguns destinatários do dinheiro, as pessoas que recebiam o dinheiro desviado da fraude”, disse.

Foram apreendidos celulares, computadores utilizados nas fraudes e dinheiro em espécie. A quantidade de dinheiro e objetos apreendidos não foi divulgada.

As investigações apontaram que a organização criminosa atraiu funcionários de Casas Lotéricas para participar das fraudes.

“A investigação iniciou quando alguns empresários donos de lotéricas nos procuraram para dizer que seus funcionários, alguns deles, tinham sido cooptados para praticar uma fraude”. “Primeiro, [integrantes da organização criminosa] tinham que cooptar funcionários das lotéricas e o objetivo disse era fazer com que esses funcionários fizessem cadastramentos e ativassem o aplicativo de forma indevida”, disse o delegado.

Os funcionários das lotéricas usavam CPFs de pessoas que não residem em Alagoas. Segundo Gustavo Gatto, mais de 100 pessoas tiveram seus documentos utilizados indevidamente.

“Eles [fraudadores] faziam esse cadastramento em nomes de terceiros, com objetivo de receber os valores do auxílio emergencial. A gente sabe que foi mais de uma centena de CPFs que foram utilizados para esses cadastramentos indevidos. Os funcionários pegavam CPFs de terceiros. Nenhum dos CPFs eram de pessoas residentes em Alagoas. Eram todos de brasileiros espalhados pelos País. Os CPFs eram indevidamente utilizados”, explicou.

O delegado da PF disse que os valores desviados pela organização criminosa ainda estão sendo apurados.

“O valor ainda está sendo apurado, do prejuízo causado, mas a gente sabe que foram vários cadastramentos que foram feitos. Esses CPFs são de pessoas, de terceiros, que muito provavelmente nem têm conhecimento de que seus nomes foram utilizados. Os valores foram desviados para as contas dos beneficiários, das pessoas que integram a quadrilha e se beneficiam da fraude”.

Polícia Federal cumprIU mandados de busca e apreensão em Alagoas e Pernambuco — Foto: Ascom/PF

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