Será um encontro para poucas pessoas. Além da chapa majoritária, devem ir à mesa: presidentes de partidos, o prefeito do Recife João Campos e o governador Paulo Câmara. O gesto de Danilo, de receber Lula em casa, em encontro reservado é simbólico à medida que reforça o sentido de proximidade e intimidade com o presidenciável no momento em que o PSB tem o desafio de fidelizar o apoio do líder-mor do PT.
O roteiro do petista no Estado, ao lado da chapa composta por Danilo, Teresa Leitão, pré-candidata ao Senado, e Luciana, tem exatamente essa finalidade: cravar o socialista como seu candidato oficial. Esse movimento se dá num contexto em que Marília Arraes também já declarou apoio a Lula e tem usado já a imagem do petista em materiais nas redes sociais com respaldo jurídico porque o Solidariedade, partido dela, é coligado nacionalmente com o PT.
A disputa intensa pelo apoio de Lula é explicada pela condição dele, de principal cabo eleitoral em Pernambuco: tem 62% das intenções de voto, enquanto o presidente Jair Bolsonaro tem 20%, segundo a primeira pesquisa divulgada pela Folha de Pernambuco em parceria com o IPESPE. Após o almoço, o ato político final, no Recife, se dará, agora, no Chevrolet Hall, às 17h. Houve mudança em relação a essa agenda, que, como a coluna cantara a pedra, ocorreria no Pátio do Carmo, no Centro do Recife.
“A gente não conquista nada se vitimizando”
Pré-candidata ao Governo do Estado pelo PSDB, Raquel Lyra, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, em junho, apontou machismo nas sugestões feitas para que ela fosse candidata à Casa Alta. Não citou nomes, mas fazia referência à Miguel Coelho. pré-candidato a governador do União Brasil. Nesta segunda (18), também no programa Folha Política, instado a avaliar essa colocação da tucana, ele devolveu: “Primeiro, a gente não conquista nada na vida se vitimizando. A gente precisa ser muito franco, muito verdadeiro e procurar os fatos independente do sexo, da escolha, do gênero, da religião”.
Pragmatismo > Ao prosseguir, Miguel considerou que a política “por mais linda e paixão que possa envolver, também tem certo grau de pragmatismo”. E rechaçou que pesquisas sejam instrumento suficiente para balizar a escolha do candidato. “Até porque se basear numa pesquisa, faltando 75 dias, isso não significa absolutamente nada”, assinalou. Um dos argumentos que fizeram Raquel reagir foi o de que ela figura à frente nas pesquisas e não faria sentido deixar o páreo por alguém que está atrás.
Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo
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