Por vários jogos, o lado psicológico do Náutico foi um dos calos do time na Série B do Campeonato Brasileiro. Principalmente no segundo tempo, quando, aliado à queda do ritmo físico e do foco, os alvirrubros cediam empates e derrotas. Contra o Tombense, nos Aflitos, o cenário parecia se repetir. O Timbu chegou a abrir 3×1, mas permitiu o empate depois. No fim, contudo, Jean Carlos, de fora da área, marcou o gol que deu o 4×3, acabando com a sina de três tropeços consecutivos e dando uma sobrevida na luta contra o rebaixamento.
“Esse foi o diferencial do jogo. Foi o motivo de maior elogio meu para os atletas no vestiário. A nossa equipe demonstrou uma maturidade absurda. Iniciamos perdendo com muita pressão nas costas e muita impaciência da arquibancada, que gera mais ansiedade dentro de campo. Mas a nossa equipe teve a maturidade suficiente para se organizar e continuar jogando até conseguir a virada por 3×1 Depois tivemos um outro momento ruim no segundo tempo, sofremos dois gols, quando surgiram dúvidas e a pressão pela falta de resultados, conseguimos arrancar o último gol”, afirmou o técnico Dado Cavalcanti.
O Náutico permanece na lanterna da Série B, com 30 pontos. A diferença para o Novorizontino, 16º, é de sete pontos – os paulistas estão com 37. A próxima partida dos pernambucanos será sexta (7), contra o Criciúma, no Heriberto Hulse.
“A rodada foi generosa, mas só foi benéfica por conta do nosso resultado. Se a gente não vencesse, a diferença continuaria. O nosso aspecto emocional foi fantástico. Fiz esse elogio para os jogadores. Espero que a gente tenha essa consciência e tranquilidade, porque os próximos jogos vão ser desafiadores como esse”, alertou o treinador.
Fonte: Folha PE