A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia o uso das novas vacinas contra a Covid-19 da Pfizer, projetadas para ampliar a proteção contra a variante Ômicron, como um reforço para crianças de 5 a 11 anos. Além disso, a farmacêutica pretende submeter em breve um pedido para que as novas aplicações recebam o sinal verde também para bebês a partir de 6 meses.
O uso emergencial na faixa etária de 5 a 11 anos foi solicitado pela Pfizer no último dia 29, uma semana depois de a Anvisa autorizar a nova aplicação para todos a partir de 12 anos. Além do pedido, o laboratório disse, em nota ao GLOBO, que segue “trabalhando para encaminhar em breve à agência dados da vacina bivalente para uso na faixa etária de 6 meses a 4 anos”, e destaca que o aval já foi concedido nos Estados Unidos para ambos os cenários.
As chamadas vacinas bivalentes são versões atualizadas dos imunizantes aplicados hoje. Para induzir a resposta imunológica, além de uma parte feita com a variante original do novo coronavírus, descoberta em 2019, elas contam com uma parte da variante Ômicron, predominante no mundo há cerca de um ano.
A Anvisa autorizou apenas no início do mês a dose de reforço na faixa etária com a vacina tradicional, que recebeu também um parecer favorável pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações (CTAI).
Porém, o ministério ainda não recomendou a dose, e o tema deve passar antes pela análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) – ao mesmo tempo em que a Anvisa avalia a possibilidade de essa dose ser da vacina bivalente.
A comissão discute ainda a liberação da vacina para todos os bebês a partir de 6 meses, e não apenas para aqueles com comorbidades. Um parecer favorável já foi dado por ela, assim como pela CTAI, porém a decisão está em fase de consulta pública até a quinta-feira. Depois, deve retornar à Conitec e ser avaliada pelo ministério.
A solicitação que a Pfizer pretende fazer à Anvisa é para que o esquema para esse público, que é feito com três doses já de forma primária, tenha a última aplicação substituída por uma versão bivalente – alteração que recebeu o sinal verde na última semana pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos EUA.
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Fonte: Folha PE