Os casos de Covid-19 diagnosticados nas farmácias do país desaceleraram na primeira semana de dezembro. No período, houve um aumento de apenas 3% no total de testes positivos em relação à semana anterior. Embora ainda em patamar elevado, a variação indica uma tendência de estabilidade no ritmo da doença. Os dados são da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).
Na semana que terminou no dia 4 de dezembro, foram 41.848 casos do novo coronavírus detectados nas drogarias brasileiras. Nos sete dias anteriores, de 21 a 27 de novembro, esse número foi de 40.631. Além do aumento inferior a 5%, a procura pelos testes caiu no período, de 116.235 para 112.189 diagnósticos.
Esse é o primeiro sinal de estabilidade nos casos, e de queda na busca pelos testes, desde que a doença voltou a subir durante a segunda semana de outubro. Na época, as farmácias registravam os patamares mais baixos da Covid-19 desde o início da pandemia. De 3 a 9 de outubro, por exemplo, o Brasil chegou a registrar menos de mil diagnósticos nas unidades.
A partir da semana do dia 10, os casos voltaram a crescer aos poucos até a segunda semana de novembro, quando explodiram 189% em apenas sete dias. A tendência de alta continuou durante o mês, que terminou com um número de casos 1.001% maior que o registrado em outubro.
Agora, ainda que os números deem os primeiros indícios de que a onda atual da Covid-19 esteja no início de uma trajetória de queda, quase 4 em cada 10 testes realizados nas farmácias ainda têm resultado positivo para a doença. Na primeira semana de dezembro, essa taxa de positividade foi de 37,3%.
É o percentual mais alto desde janeiro, quando chegou a 42%. Em junho, na última alta da Covid-19 no Brasil, embora as farmácias tenham chegado a identificar 80 mil casos em apenas uma semana, o dobro do que registram hoje, a proporção de positivos em relação ao total de testes realizados não chegou a 35%.
A positividade é um indicador importante em meio à procura mais baixa pelos testes, explicam os especialistas, porque muitas pessoas não recebem o diagnóstico e circulam com a doença sem saberem que estão infectadas. Em comunicado, o CEO da Abrafarma, Sergio Mena Barreto, destaca a importância de manter a vacinação em dia em meio a uma alta da Covid-19 como a de agora.
“As farmácias estão prontas para atender a essa demanda, mas é importante também que a rede pública de saúde reforce o programa de imunizações e as estratégias de contenção’, diz o CEO.
Para estar totalmente protegido das formas graves da Covid-19, os especialistas lembram que é preciso ter recebido todas as doses da vacina indicadas pelas autoridades de saúde. Isto quer dizer duas doses para crianças entre 3 e 11 anos, três doses para todos acima de 12 anos e quatro para os acima de 40 anos.
Bebês a partir de 6 meses com comorbidades podem receber ainda a imunização pediátrica da Pfizer com três aplicações. Todos aqueles, de qualquer idade, com quadro de imunossupressão devem receber ainda uma aplicação adicional.
As informações das farmácias e drogarias são de mais de 8,9 mil unidades de todos os estados brasileiros, parte das 26 maiores redes do país, reunidas pela Abrafarma.
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Fonte: Folha PE
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