A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu, nessa quinta-feira (16), um pedido para autorização de uso emergencial da vacina contra a Covid-19 bivalente desenvolvida pela farmacêutica dos Estados Unidos Moderna. A solicitação foi feita pela Zodiac Produtos Farmacêuticos, do grupo Adium, que representa o laboratório americano no Brasil.
A dose bivalente da Moderna, assim como a da Pfizer – que recebeu o aval da Anvisa em novembro do ano passado – utiliza a tecnologia de RNA mensageiro para induzir a resposta imunológica e conta com duas versões do novo coronavírus em sua formulação: a cepa ancestral, descoberta ainda em 2019, e a variante Ômicron, predominante hoje. O objetivo é ser aplicada como uma dose de reforço para ampliar a proteção contra as linhagens que circulam hoje.
A Anvisa esclarece que a empresa já havia solicitado o registro da vacina no último dia 20, que se encontra em análise pela agência reguladora. Agora, decidiu protocolar paralelamente o pedido de uso emergencial. A diferença é que o registro é um aval definitivo, porém que demanda um prazo maior de avaliação. Já para o sinal verde emergencial a agência tem um prazo de 30 dias para fazer a decisão.
“Este prazo é interrompido sempre que for necessária a solicitação à empresa de complementação de informações ou esclarecimentos sobre os dados de qualidade, de eficácia e de segurança apresentados”, lembra a Anvisa em nota.
Doses bivalentes no Brasil
Caso receba o aval da Anvisa, ainda caberá ao Ministério da Saúde que indique o uso da vacina e faça a compra dos imunizantes para que eles sejam eventualmente disponibilizados à população. Se isso acontecer, as doses da Moderna podem ser incorporadas na nova etapa da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil, que a partir do próximo dia 27 incluirá um novo reforço bivalente da Pfizer para grupos de maior risco. São eles:
Pessoas com mais de 60 anos;
Gestantes e puérperas;
Pacientes imunocomprometidos;
Pessoas com deficiência;
Pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP);
Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
Trabalhadores e trabalhadoras da saúde.
Para a população geral, a vacinação continua com o já indicado pelo ministério e disponível nos postos de saúde: três doses para todos acima de seis meses de idade; quatro doses a partir de 40 anos e uma dose adicional aos esquemas anteriores para os que também forem imunossuprimidos. Muitos estados e municípios estendem a quarta dose a todos os adultos, o que é considerado benéfico. Não há, por enquanto, planos para imunizar a população geral com a bivalente.
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Fonte: Folha PE
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