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Copa do Catar passa no primeiro teste com os transportes, mas tem problemas com ingressos

Sem congestionamento nos transportes apesar dos 120 mil torcedores deslocados para três jogos, em um perímetro de menos de 30 quilômetros, os organizadores da Copa do Mundo do Catar passaram com sucesso nesta segunda-feira (21) em uma primeira prova.

No entanto, o dia foi ofuscado por centenas de espectadores que não conseguiram acessar seu ingresso no aplicativo da Fifa e entraram no estádio após o início da partida entre Inglaterra e Irã.

“Deveriam atrasar o jogo, se não, não vamos poder assistir”, lamentava Anas, de 33 anos, um palestino presente para torcer pelo Irã. “Somos seis amigos e nenhum consegue entrar. Pagamos 800 riais catarianos (cerca de 220 dólares)!” “Estamos trabalhando para resolver esse problema o quanto antes”, garantiu à AFP um porta-voz da Fifa.

Com um milhão de espectadores esperados ao longo de quatro semanas em uma só cidade, a capital Doha, e apenas 75 quilômetros de distância entre os dois estádios mais longes, os organizadores haviam admitido um risco de “congestionamento”.

Porém, os trajetos entre o centro da cidade e os estádios Khalifa, Al-Thumama e Ahmed Ben Ali, onde ocorreram as três partidas do dia, se mantiveram fluidos. Às vezes, restavam até alguns assentos livres nas três linhas de metrô inauguradas em 2019 e nos milhares de ônibus especiais colocados a serviço do torneio.

– Menos de dois minutos na imigração –


O aeroporto internacional Hamad – que aumentou sua capacidade de 40 para 58 milhões de passageiros por ano há dez dias com a inauguração de uma nova parte – estava cheio ao meio-dia, mas as formalidades aduaneiras e de entrega de bagagens eram rápidas.

Em paralelo, o antigo aeroporto de Doha foi reaberto para acolher voos diários dos países vizinhos do Golfo. Milhares de torcedores sauditas também eram esperados na fronteira terrestre do Catar, na véspera da esperada partida entre Arábia Saudita e Argentina.

“Cruzar a fronteira me tomou menos de dois minutos, é fácil”, comentou Nawaf Al Zorbian, de 31 anos, ao descer de um ônibus que deixava os espectadores em frente a uma estação de metrô da capital. Para fazer frente a esse fluxo de visitantes, foram instalados estacionamentos e uma grande tenda na fronteira, permitindo o processamento de mais de 4 mil pessoas por hora.

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Fonte: Folha PE

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