Depois de correrem o risco de ficarem de fora da Copa do Mundo por lesão, Son Heung-min e Richarlison deixarão de lado a cumplicidade no vestiário do Tottenham e ficarão frente a frente no duelo entre Coreia do Sul e Brasil no Catar.
O vencedor do jogo de segunda-feira, no estádio 974, em Doha, levará sua seleção às quartas de final no Mundial para enfrentar Croácia ou Japão, que se enfrentam no mesmo dia.
As lágrimas do atacante brasileiro no dia 15 de outubro quando saía do Tottenham Hotspur Stadium de muletas após sofrer uma lesão na panturrilha contra o Everton colocaram sua presença na Copa em risco.
“É meio difícil de falar porque está próximo de uma realização, do meu sonho (jogar o Mundial). Eu já sofri uma lesão dessa (…) Da última vez, eu fiquei, mais ou menos, uns dois meses (parado)”, disse Richarlison em entrevista à ESPN Brasil depois da partida.
No entanto, o técnico dos ‘Spurs’, Antonio Conte, tranquilizou no dia seguinte dizendo que o brasileiro estaria recuperado a tempo de ir ao Catar.
Duas semanas depois, foi a vez de Son sofrer uma fratura na face em um jogo contra o Olympique de Marselha pela Liga dos Campeões da Europa.
Operado com sucesso, o artilheiro da última Premier League anunciou nove dias depois que poderia fazer parte do elenco sul-coreano para a Copa do Mundo, mesmo que tivesse que jogar usando uma máscara de proteção.
Seis minutos eternos
Son foi decisivo na classificação da Coreia do Sul para as oitavas no Grupo H, atrás de Portugal e à frente de Uruguai e Gana, ao dar o passe aos 46 minutos do segundo tempo para Hwang Hee-chan marcar o gol da vitória sobre a seleção portuguesa por 2 a 1 na última rodada da primeira fase.
Depois do apito final, ainda foi necessário esperar o término do jogo entre Uruguai e Gana para poder comemorar a vaga. Os jogadores sul-coreanos se reuniram no meio do campo e assistiram ao final da partida pelo celular. “Foram os seis minutos mais longos da minha vida”, confessou Son.
O mais britânico dos atacantes brasileiros
Autor dos dois gols da vitória do Brasil por 2 a 0 sobre a Sérvia na estreia e poupado contra Camarões, Richarlison retorna ao time contra a Coreia do Sul.
Quatro anos depois de estrear pela Seleção, o atacante finalmente está colhendo os frutos de um trabalho paciente para se consolidar com a camisa 9 ‘Amarelinha’.
Em 2017, desembarcou na Inglaterra, onde geralmente os meio-campistas defensivos se adaptam melhor do que os atacantes. Mas com suas qualidades físicas, velocidade e faro de gol, não decepcionou na Premier League.
Depois de uma temporada no Watford, se transferiu para o Everton e, na última janela de transferências, chegou ao Tottenham por 70 milhões de euros.
Com seu golaço de voleio contra a Sérvia, demonstrou que, embora ainda não tenha o status de Neymar ou de Vinícius Júnior, carrega consigo o DNA do futebol arte do Brasil.
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Fonte: Folha PE