Uma grande responsabilidade recai sobre o faro de artilheiro de Luis Suárez: liderar a virada do Nacional do Uruguai quando visitar o Atlético Goianiense nesta terça-feira às 19h15 (horário de Brasília) pelo jogo de volta das quartas de final da Copa Sul-Americana.
“El Pistolero” terá que sacar a arma, assim como fez na sexta-feira no campeonato uruguaio, se quiser que seu time mantenha viva a esperança de vencer o torneio continental pela primeira vez. A tarefa não parece tão fácil, não só porque o Nacional perdeu por 1 a 0 em Montevidéu, mas também porque ainda não está certo se o craque uruguaio será titular em Goiânia.
“Conversamos com Luis sobre os minutos, porque ele se conhece e queremos tê-lo o mais rápido possível, essa é a verdade. Não podemos ignorar a importante paralisação que ele teve”, disse o técnico Pablo Repetto ao Canal 12 do Uruguai.
A titularidade de Suárez, de 35 anos, no estádio Serra Dourada será definida horas antes do duelo que dá uma vaga nas semifinais. Nessa fase, quem avançar vai enfrentar o vencedor do confronto brasileiro entre São Paulo e Ceará. O Tricolor Paulista venceu na ida por 1 a 0.
Até agora, nos dois jogos que disputou com a camisa do Nacional, o astro uruguaio foi reserva: o primeiro, na derrota para o Atlético-GO; o segundo, na vitória por 3 a 0 sobre o Rentistas, na sexta-feira. Suárez marcou seu primeiro gol contra o Rentistas desde que voltou da Europa, onde brilhou por 17 anos. E poderia ter sido dois, mas o goleiro rival defendeu um pênalti máximo.
Com a confiança em alta, o artilheiro histórico da seleção uruguaia aguarda a decisão do técnico. Se Repetto optar por preservá-lo, Franco Fagundez deve começar ao lado do argentino Emmanuel Gigliotti.
Além da presença ou não de Suárez desde o início, o treinador uruguaio diz ter mais algumas dúvidas em relação ao time titular, para um jogo que prevê ser aberto devido à pequena vantagem que o ‘Dragão‘ alcançou em Montevidéu.
“Eu não acho que com a vantagem mínima que eles têm, eles adotem um esquema como o que fizeram, especialmente no segundo tempo, de defender muito atrás”, disse ele.
Ajuda o Atlético-GO que os holofotes estejam voltados para o Nacional, time com maior peso continental tendo conquistado três Libertadores (1971, 1980 e 1988).
O clube comandado pelo ex-jogador Jorginho, campeão mundial com a seleção brasileira em 1994, tem sua melhor participação em um torneio internacional e está próximo das semifinais da Copa do Brasil (derrotou o Corinthians por 2 a 0 no jogo de ida). Mas no Brasileirão, flerta com o rebaixamento: é penúltimo com 20 pontos em 21 jogos, embora no sábado tenha respirado um pouco ao derrotar o Red Bull Bragantino por 2 a 1 em Goiânia.
“Eu disse aos jogadores que devíamos vencer os duelos individuais, jogar com sangue nos olhos”, disse o treinador.
Sem Ronaldo, goleiro titular, lesionado no jogo de ida, o Atlético-GO pretende defender a vantagem e molhar a pólvora do “Pistolero”.
Ficha Técnica
Atlético-GO: Renan; Hayner, Wanderson, Klaus, Arthur Henrique; Gabriel Baralhas, Edson Fernando, Jorginho, Léo Pereira, Luiz Fernando; Diego Churín. Técnico: Jorginho.
Nacional: Sergio Rochet; Leandro Lozano, Léo Coelho, Nicolas Marichal, Camilo Cándido; Yonathan Rodríguez, Felipe Carballo, Alfonso Trezza, Diego Zabala; Luis Suárez, Emmanuel Gigliotti. Técnico: Pablo Repetto.
Arbitragem: Darío Herrera, Diego Bonfa e Maximiliano del Yesso.
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Fonte: Folha PE