Tudo bem que o Regulamento Específico de Competições da CBF não estipula um valor máximo para ingressos de jogos oficiais, apenas o mínimo (R$ 10 inteira e R$ 5 meia). Além disso, o mandante tem todo o direito de cobrar o valor que quiser. Mas acho, sinceramente, que tudo na vida é uma questão de bom senso. Por isso, na minha cabeça não tem cabimento algum o presidente do Retrô, Laércio Guerra, cobrar R$ 300 (inteira) e R$ 150 (meia) para o jogo de volta contra o Santa Cruz, na próxima segunda-feira (1º), na Arena de Pernambuco, pelo mata-mata da Série D.
Esse é um jogo que ainda não chegou nem nas oitavas-de-final da competição; é um confronto da Quarta Divisão do Brasileiro; e o valor foge completamente do padrão dos torcedores que acompanham o futebol em Pernambuco. Digo mais: foge do padrão do torcedor brasileiro.
É claro que Laércio não quer que o torcedor do Santa vá à Arena, pois o Retrô não possui nem torcida para preencher uma pequena parte do estádio. Isso é até justificável, já que assim não haveria a pressão do “12º jogador coral”. Mas daí cobrar R$ 300 paus já é demais, né?!
Então, nada mais justo do que a decisão da Justiça de estipular os preços em R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia) para esse confronto (o time de Camaragibe recorreu). Afinal, o futebol é para todos e precisa ser democratizado, e não restrito para meio gato pingado.
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Fonte: Folha PE
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