Cobrando mais de 956 mil em dívidas, técnico Gilmar Dal Pozzo aciona Náutico na Justiça

O treinador da Chapecoense, Gilmar Dal Pozzo, entrou na Justiça do Trabalho contra o Náutico cobrando o pagamento de mais de 956 mil em multas rescisórias, salários, FGTS e danos morais de sua passagem pelo clube em 2020. A informação foi do jornalista Lucas Holanda, do NE45, e confirmada pela Folha de Pernambuco.

Na ação, Dal Pozzo pede R$ 105.500,00 em saldo de salário, 13º salário e férias proporcionais acrescidas do terço; R$ 53.760,00 em FGTS de todo o contrato acrescido de multa de 40%; R$ 500.000,00 em multa prevista no contrato pela rescisão unilateral por parte do clube; R$ 112.750,00 em multas dos artigos 467 e 477 da CLT; R$ 60.000,00 em danos morais; e R$ 124.801,50 em honorários sucumbenciais.

O Timbu já foi notificado da ação, e pode apresentar defesa. A reportagem tentou contato com o setor jurídico alvirrubro, mas não obteve retorno.

A saída de Dal Pozzo do Náutico foi, no mínimo, problemática. Na época, o Timbu chegou a demitir membros da comissão técnica do treinador, mas informou em nota oficial que o técnico permaneceria no clube, no comando da equipe sub-23. Segundo Dal Pozzo e sua defesa, ele foi de fato desligado pelo Náutico, que teria voltado atrás após descobrir multa de R$ 500 mil prevista no contrato em caso de rescisão.

Na ação, a defesa de Dal Pozzo se refere à decisão do Alvirrubro como uma “manobra desesperada e fraudulenta” para evitar o pagamento das multas previstas no contrato, e traz reportagens e relatos de membros do clube na época como prova de contradição da versão do Náutico, além de citar um vídeo onde a demissão do técnico teria sido comunicada ao elenco, e uma nota do próprio Dal Pozzo anunciando seu desligamento.

Dentro dos gramados, os caminhos do treinador e do clube se encontrarão em breve. Sob o comando da Chape, Dal Pozzo recebe o Náutico pela penúltima rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, no dia 29 de outubro.


 

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