O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), avaliou, hoje, que tem “lógica” a cobrança do União Brasil pela demissão da ministra Daniela Carneiro da chefia do Turismo. O União Brasil já alertou que a infidelidade do partido ao governo no Congresso vai aumentar se não houver uma troca no Ministério do Turismo. Daniela Carneiro deve deixar o União nos próximos dias.
Antes de participar de cerimônia no Palácio do Planalto, Wagner foi questionado sobre possível a mudança na pasta. Ele disse não defender a demissão da colega. “A [troca] do Turismo tem uma lógica, que é você dizer que as pessoas estão lá representando o partido. Não estou defendendo que ela saia. Mas, na medida em que confirmar que ela pediu para sair do partido, é óbvio que o partido vai dizer ‘era nossa representação, não é mais’”, disse Wagner.
Ele afirmou que não conversou com Lula sobre o assunto e ressaltou que cabe ao presidente tomar a decisão. Nos bastidores, o União Brasil tem defendido a substituição de Daniela Carneiro pelo deputado Celso Sabino (União Brasil-PA).
Depois da movimentação do União Brasil, o PT do Rio e aliados do governo passaram a pressionar pela manutenção da ministra, que é casada com o prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho (Republicanos). Eles lembram que Celso Sabino apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Integrantes do Centrão, bloco de partidos que soma cerca de 200 deputados na Câmara, também têm pressionado o governo por uma mudança no Ministério da Saúde, atualmente chefiado por Nísia Trindade.
Questionado sobre o tema, Jaques Wagner disse achar que há “muita especulação” em torno de mudanças nos ministérios. “A [troca] da Saúde, sinceramente, acho que por enquanto está no campo do desejo de quem está pedindo”, resumiu o líder do governo no Senado.
Fonte: Blog do Jorge Lemos
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