O que era para ser uma compra de um iPhone com um bom desconto se tornou uma dor de cabeça para o jornalista Eduardo Sena, que mora no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. Em vez de trazer o celular, que foi comprado para o seu pai, a caixa entregue pela Amazon tinha um quebra-cabeça dos Três Porquinhos.
Eduardo relatou o caso nas redes sociais, onde cobrou a Amazon por um posicionamento após solicitar estorno. A empresa prometeu analisar o caso, que chama atenção por ter sido o segundo a repercutir em poucos dias – no começo do mês, um biomédico do Recife recebeu um frasco de perfume infantil no lugar do iPhone que havia comprado.
A compra foi feita na segunda-feira (20) e o celular chegou cinco dias depois, no sábado (25). Abrir a caixa que deveria conter o iPhone foi o início do problema de Eduardo.
“Meu pai sempre me consulta para qualquer compra tecnológica, pela internet. Ele não tem cartão de crédito e nem Pix. Ele estava na expectativa porque seria o primeiro iPhone dele”, contou Eduardo Sena, que afirmou que o aparelho estava à venda por R$ 2,9 mil, com um desconto de mais de R$ 300. Antes da compra, o pai inclusive perguntou a Eduardo se a compra era segura e o jornalista afirmou que não havia motivos de preocupação.
Quando a caixa chegou, Eduardo iria mandar mensagem para o pai, mas abriu antes: “Fui abrir a caixa e quando vi, a caixa dos Três Porquinhos. Eu fiquei tão incrédulo e falei ‘não, gente, que bizarrice. Os Três Porquinhos? Sei lá, eu já vi gente que recebeu caixa de pedra”, lembra o jornalista. Ele até achou que dentro da segunda caixa poderia estar o iPhone, mas encontrou apenas as peças do quebra-cabeça do desenho animado.
Em seguida, Eduardo começou o contato com a Amazon para tentar reaver o dinheiro gasto. “[Um atendente] ficou comigo na linha, me fez enviar fotos por e-mail e disse que em sete dias alguém iria entrar em contato comigo”, completa, acrescentando que precisou mandar o material novamente para outro atendente. Ele diz ainda que não tem problema em recorrer à Justiça para resolver o caso.
O jornalista diz ainda que queria dizer o problema ao pai apenas quando tudo se resolvesse, mas preferiu contar logo e fazer uma cobrança mais incisiva à Amazon, em busca de uma solução. “Não teve retorno. Peguei e postei no Instagram, fiz mais barulho nas redes sociais e uma atendente ficou falando comigo. Ontem, umas 10 e meia noite chegou e-mail deles me pedindo de três a cinco dias úteis, mas não dizem o que é para ser feito, mas estão investigando, fazendo uma apuração interna”, detalha Eduardo.
Esse foi o primeiro problema do tipo que aconteceu com Eduardo desde que ele começou a comprar produtos pela internet. “Eu compro muito pela internet, mas nunca teve nada do tipo. Teve troca assim: chegou um tamanho que não deu, mas de vir trocado, nunca”, prossegue o jornalista, que diz ainda não ter costume de comprar com frequência itens pela internet acima dos R$ 500.
E o que fazer se receber um item errado?
O Procon Recife orienta que o consumidor receba pessoalmente o produto e confira ainda na presença do entregador se o conteúdo de fato corresponde ao produto encomendado, caso contrário, o consumidor deve recusar o recebimento.
Caso a falha seja apurada posteriormente, o consumidor deve imediatamente efetuar o registro fotográfico do ocorrido e encaminhar a reclamação pelos canais oficiais divulgados pela loja e pela transportadora. Em ambos casos, o consumidor deve salvar os números de protocolo e registrar as eventuais mensagens de texto trocadas com os fornecedores.
O consumidor deve registrar boletim de ocorrência na delegacia mais próxima. Caso o problema não seja resolvido, o consumidor poderá abrir reclamação no Procon contra os fornecedores.
Na capital pernambucana, o consumidor que se sentir lesado deve acionar o Procon Recife pelo WhatsApp (81) 3355-3286 ou pelo site e realizar denúncias no e-mail [email protected].
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