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Chefe do comitê organizador diz que Paris já reúne todos os elementos para realizar Jogos de 2024

O chefe do comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, Tony Estanguet, está consciente de que continuará havendo “decepções” com a venda de ingressos e que é necessário fazer “adaptações” no modelo da cerimônia de abertura no rio Sena, mas garantiu em entrevista à AFP que todos os elementos estão reunidos para a realização do evento esportivo, que começa daqui a 500 dias.

Pergunta: Qual é o estado de ânimo a 500 dias da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024?

Resposta: “Sentimos que estão reunidos todos os ingredientes para que aconteça a magia dos Jogos. Os atletas já estão lutando para se classificarem, as infraestruturas continuam avançando (…) Os torcedores estão começando a garantir seus lugares, três milhões de ingressos já foram adquiridos na primeira fase de vendas, em menos de três semanas, um recorde na França. Estamos dentro dos prazos e mantemos o mesmo nível de ambição”.

P: Você se surpreendeu com todas essas mostras de frustração geradas pela primeira fase de venda de ingressos?

R: “Sabíamos que a demanda era tão grande que não poderia se ajustar perfeitamente à oferta. Há muito mais pessoas interessadas do que ingressos disponíveis, embora tenhamos 13 milhões de entradas (levando em conta também os Jogos Paralímpicos). Ainda há oportunidades, elas chegam com a segunda fase, a partir de amanhã (quarta-feira). Não haverá ingressos para todos e esta segunda fase continuará gerando decepções e frustrações. É algo inevitável, mas também vamos fazer as pessoas felizes e temos que tentar”.

P: Os detalhes da cerimônia de abertura no Sena continuam sendo discutidos. A capacidade para 600 mil pessoas será reduzida?

R: “Temos um plano de trabalho com o Comitê Olímpico Internacional (COI), mas também com as partes francesas correspondentes, para imaginar esta cerimônia, que deve fazer história. Queremos mostrar o melhor da França. Fixamos como primeiro objetivo o mês de abril para ter esse tempo de trabalho com o COI, a prefeitura de Paris, o Estado e o conjunto de atores, para continuar avançando. O sucesso desta cerimônia é um desafio coletivo. Restam ainda 500 dias, falta tempo para ajustar a capacidade e a organização logística desta cerimônia de abertura. Não há impedimentos, o que é importante, mas ainda temos que fazer adaptações. É normal e acredito que teremos que fazer muitas entre agora e o dia 26 de julho de 2024.

P: Como você vê a evolução da questão da presença ou não de atletas russos nos Jogos Olímpicos de Paris?

R: “Antes de mais nada, diante desta situação trágica de agora, a prioridade não é Paris 2024, mas sim como será possível solucionar esta situação rapidamente e como será possível apoiar o povo ucraniano, os atletas ucranianos. As federações internacionais estão finalizando suas fases de classificação, determinando se os atletas russos e bielorrussos estarão autorizados a participar em suas competições de classificação. Então o COI, dependendo do que fizerem as federações internacionais, mesmo que atletas russos e bielorrussos tenham se classificado, poderá dizer se aceita ou não sua participação nos Jogos. Essa decisão não está tomada. E Paris 2024 não está em posição de decidir”.

P: Você fala sobre este assunto com o presidente da França, Emmanuel Macron?

R: “Claro que existem conversas entre nós e o presidente da República, entre o presidente e o COI (…) A última palavra será do COI”.

P: Como o comitê organizador de Paris 2024 encontra seu lugar em meio a todos os agentes envolvidos nos Jogos (COI, Estado francês, federações internacionais, líderes políticos…)?

R: “Organizar os Jogos é um verdadeiro desafio, é algo complexo. Meu papel é fazer com que cada um desses atores continue avançando para que tudo caminhe na direção do sucesso de Paris 2024. Devemos receber as sugestões uns dos outros, encontrar compromissos para avançar este belo barco que é Paris 2024. Tenho certeza de que a França tem tudo para organizar grandes Jogos!”.

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Fonte: Folha PE

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