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Primeiro-ministro de Antigua e Barbuda, Gaston Browne, anunciou possível votação

Antigua e Barbuda deve fazer um referendo sobre se tornar uma república após a morte da rainha Elizabeth 2ª, segundo afirmou o primeiro-ministro do país no domingo (11/09).

Antigua e Barbuda é um dos 14 países, além do Reino Unido, que tem o monarca britânico, agora Charles 3º, como chefe de Estado.

O primeiro-ministro Gaston Browne disse que um referendo pode acontecer nos próximos três anos, mas disse que isso “não é um ato de hostilidade”.

Ele fez o anúncio após cerimônia de confirmação de Charles 3º como chefe de Estado da nação caribenha.

Browne disse que vai promover o referendo se for reeleito no ano que vem, o que é esperado, uma vez que seu partido comanda atualmente 15 dos 17 assentos do Parlamento.

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Charles 3º é agora chefe de Estado de 15 países, incluindo o Reino Unido

Apesar da promessa, ele admitiu que não existe um grande clamor público para que a votação aconteça.

“Acho que a maioria das pessoas nem pensou nisso”, disse ele à ITV News.

Debate na Austrália

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Premiê da Austrália, Anthony Albanese, negou referendo no atrual mandato

Também no domingo, a Austrália, outro dos países que tem o monarca britânico como chefe de Estado, descartou um referendo sobre o tema nos próximos quatro anos.

A morte da rainha Elizabeth 2ª reacendeu o debate sobre a monarquia na Austrália.

O primeiro-ministro Anthony Albanese, eleito em maio, é republicano. Mas, em entrevista à Sky News, ele descartou um referendo em seu primeiro mandato e disse que “as grandes questões sobre nossa Constituição não são para o atual período”.

“Este é um período no qual estamos compartilhando o pesar que muitos australianos estão sentindo no momento, mostrando nosso respeito profundo e admiração pela contribuição da rainha à Austrália”, disse Albanese.

Além do Reino Unidos, Charles 3º se tornou, com a morte da rainha Elizabeth 2ª, chefe de Estado de outros 14 países: Antigua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, São Cristóvão e Neves, Santa Lúcia, São Vicente e Grenadinas, Ilhas Salomão e Tuvalu.

Mas muitos países estão reconsiderando o papel da monarquia. Browne disse que se seu país se tornar uma república será “o passo final para completar a independência e se tornar uma nação realmente soberana”.

No ano passado, Barbados elegeu seu primeiro presidente após o Parlamento votar pela remoção da rainha como chefe de Estado e a transformação do país em república.

Na Jamaica, o atual governo também diz ter o objetivo de realizar um referendo para se transformar em república.