A Câmara dos Vereadores de Curitiba cassou, nesta sexta-feira, o mandato do vereador Renato de Freitas, do PT, por 24 votos a sete, e uma abstenção.
O parlamentar perdeu o mandato por quebra de decoro por ter entrado em uma Igreja, em Curitiba, junto com outros manifestantes que faziam um protesto contra o assassinato do congolês Moise Kabagambe, morto em um quiosque no Rio de Janeiro, no início deste ano.
Ao se defender, Renato de Freitas, que é negro, argumentou que não se tratou de uma invasão, nem de um desrespeito à Igreja Católica.
Já o vereador Mauro Ignácio, do União, argumentou que Freitas poderia ter evitado a cassação caso negociasse melhor com os colegas, e reprovou a ação do parlamentar.
O vereador do Solidariedade, Alexandre Leprevost, argumentou que não havia outra possibilidade de uma punição mais branda.
Apesar de criticar a ação do grupo que protestou dentro da Igreja, a Arquidiocese de Curitiba se manifestou contra a cassação, motivo pelo qual o vereador Professor Euler, do MDB, votou contra a perda do mandato do petista.
Com a decisão da Câmara Municipal, Renato de Freitas perde os direitos políticos pelos próximos 10 anos. A defesa afirma que vai recorrer à Justiça.
Fonte: Agência Brasil
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