Juventude e Red Bull Bragantino ainda fazem nesta segunda-feira (11), às 20h, o jogo que fecha a primeira das 38 rodadas do Brasileirão. Um caminho longo que só se encerrará em novembro, mas não tão grande quanto a trajetórias dos pontos corridos que chegou neste final de semana à vigésima edição do formato, ainda que com números de clubes diferentes nos anos iniciais.
As nove partidas de sábado e domingo se somam às 7384 que já tinham sido disputadas de 2003 até a edição de 2021. O suficiente para a criação de rankings robustos, que mostram quem foi melhor e quem foi pior. Prova de um campeonato que se consolidou e que segue escrevendo sua história através de novos recordes.
Em 20 edições de pontos corridos, algumas marcas são difíceis de serem batidas. É o caso, por exemplo, da absoluta campanha do Flamengo campeão de 2019. Dono da pontuação recorde no atual formato (90 pontos) e do maior aproveitamento, o rubro-negro viu o Atlético Mineiro chegar perto na edição passada, mas terminar a seis pontos da marca.
Por outro lado, Fred mostrou que consistência é um dos caminhos para a eternidade. O atacante do Fluminense, que encerra sua carreira em julho deste ano, lidera o quadro de artilheiros históricos nos pontos corridos. São 157 gols marcados, 25 à frente do segundo colocado, Diego Souza, que este ano atuará pelo Grêmio na Série B. Em atividade, Wellington Paulista (América-MG) é o mais próximo dos dois, com seus 106.
No topo da artilharia, não deve haver mudança, mas Gabigol, do Flamengo, galgará posições no top 10 — atualmente, é o sétimo maior da história da fórmula, com 93 gols, a nove de entrar no top 5, com gols marcados pelo rubro-negro e também pelo Santos. Mais abaixo, André, ex-Sport, precisa de dez tentos pelo Cuiabá para entrar no top 10, enquanto Willian (Fluminense, 67) e Jô (Corinthians, 63) podem igualar os 70 de Dagoberto e desbravar o top 20.
Das redes balançando aos troféus sendo levantados, o 20º Brasileirão de pontos corridos pode trazer novidades. Campeão em 2019 e 2020 pelo Flamengo, Arrascaeta pode garantir seu terceiro título e igualar o ex-lateral Reasco, que participou das campanhas do tricampeonato do São Paulo entre 2006 e 2008, como estrangeiro que mais foi campeão nesta fórmula.
Do Rio de Janeiro também pode sair o maior campeão brasileiro de pontos corridos na história: Willian, do Fluminense, e Éverton Ribeiro, do Flamengo, levantaram o troféu quatro vezes cada no formato. Mesmo número que nomes lendários como Borges, Dagoberto, Emerson Sheik, Danilo e Edu Dracena. A edição 2022 vale um inédito quinto título no formato aos dois.
No cenário de clubes, pinta uma corrida Rio versus São Paulo. O Corinthians foi o time mais vezes campeão no formato, com quatro conquistas, seguido de perto pelas três de Flamengo, São Paulo e Cruzeiro (que está na Série B). Seriam o rubro-negro carioca ou o tricolor paulista capazes de empatar com o Timão nessa hegemonia? Faltam 371 jogos para sabermos.
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Fonte: Folha PE
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