- Jasmine Andersson
- BBC News
Boris Johnson desistiu da corrida para se tornar líder do Partido Conservador e assim retornar ao cargo de premiê britânico. Ele disse que tinha o apoio para continuar, mas “simplesmente não seria a coisa certa a fazer”.
O ex-ministro das Finanças Rishi Sunak e a ex-ministra de Defesa do Reino Unido Penny Mordaunt são os únicos restantes na disputa interna que será definida nesta segunda (24/10).
No sistema parlamentarista britânico, o primeiro-ministro costuma ser o líder do partido que obteve o maior número de cadeiras no Parlamento, desde que sozinho ou em coligação alcance a maioria na Câmara dos Comuns.
Atualmente, o Partido Conservador conta com uma ampla maioria de 357 parlamentares, de modo que pode escolher um novo líder e elevá-lo ao cargo de primeiro-ministro sem a necessidade de buscar apoio adicional de outros partidos ou convocar eleições gerais.
De acordo com um levantamento da BBC, Sunak tem o apoio de 153 deputados, enquanto Mordaunt tem 25.
A eleição interna está sendo realizada porque Liz Truss passou apenas 45 dias como primeira-ministra do Reino Unido e renunciou ao cargo de líder do conservadores na quinta-feira (20/10). Ela se tornou a premiê que ficou por menos tempo no cargo na história.
Os candidatos precisam do apoio de pelo menos 100 deputados para avançar na votação. O ex-premiê sustentava que era apoiado por 102 deles.
Em um comunicado, Johnson havia dito que queria entrar na corrida porque liderou o partido a uma grande vitória nas eleições gerais há três anos. “Acredito que estou, portanto, em uma posição única para evitar uma eleição geral agora.”
“No decorrer dos últimos dias, infelizmente cheguei à conclusão de que isso simplesmente não seria a coisa certa a fazer. Você não pode governar efetivamente a menos que tenha um partido unido no parlamento.”
Ele disse que procurou Sunak e Mordaunt porque “esperava que pudéssemos nos unir pelo interesse nacional – infelizmente não conseguimos encontrar uma maneira de fazer isso.
“Por isso, temo que a melhor coisa seja não permitir que minha nomeação avance e entrego meu apoio a quem tiver sucesso.
“Acredito que tenho muito a oferecer, mas temo que este não seja o momento certo.”
Fontes próximas a Sunak disse à BBC que, apesar de a notícia indicar uma vantagem considerável à sua campanha, ele não está “tomando nada por garantido”.
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