O bicampeonato mundial conquistado no último domingo (26), na Índia, mostrou que Bia Ferreira está determinada a se despedir do boxe olímpico por cima. Os Jogos Olímpicos de Paris, no próximo ano, serão os últimos da pugilista de 30 anos.
Ela passará a se dedicar exclusivamente às lutas profissionais, que começou a disputar em novembro do ano passado. Em dois combates, foram duas vitórias.
“Consegui os títulos sul-americano, pan-americano, mundial e continental. Achei que em Tóquio seria a minha aposentadoria do boxe olímpico, com a medalha de prata, mas fiquei com um gostinho de’ quero mais’, sabendo que posso trocar a cor dela pelo ouro. Paris é logo ali”, afirmou Bia.
Migrar para o boxe profissional, financeiramente mais interessante, foi o caminho trilhado por outros brasileiros medalhistas olímpicos, como Robson Conceição, Hebert Conceição, Esquiva Falcão, Yamaguchi Falcão e Adriana Araújo.
Bia, porém, é a primeira deles a levar as duas carreiras de forma simultânea. A participação dos pugilistas profissionais nos Jogos só foi liberada a partir da edição de 2016, no Rio de Janeiro.
Apesar de ser o mesmo esporte, há diferenças. No boxe profissional, as lutas são mais extensas, com até 12 rounds e participação de três juízes. No olímpico, são três assaltos e cinco árbitros.
“São treinos diferentes, tempos diferentes. No profissional, a gente não usa protetor de cabeça, então muda bastante. Estou fazendo essa adaptação e me dando bem, porque meu estilo já é bem agressivo. Estou gostando bastante. É uma sensação bem diferente. Sei que é o meu último ciclo olímpico, e quero finalizá-lo com chave de ouro, mas já tendo algo certo, que é o boxe profissional”, explicou Bia.
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Fonte: Folha PE
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