“Avisem quando forem protestar na frente de casa para eu jogar pão com mortadela para vocês”Deputada Clarissa Tércio: Extremismo político ou estratégia eleitoral?

Por Luiz Gonzaga Jr – Hoje Pernambuco

A pré-candidata a prefeita da cidade do Jaboatão, Clarissa Tércio, tem causado polêmica com declarações controversas sobre eleitores de esquerda. Em diversos momentos, a deputada se referiu a esse público como “comedores de pão com mortadela” e chegou a insinuar que são pessoas que não mantêm higiene pessoal adequada, ao afirmar que são a “turminha que não raspam o suvaco”.

Essas declarações, além de polarizadas, levantam questões sobre o tipo de discurso que um líder político, especialmente alguém que busca o cargo de prefeita, deveria adotar. O cargo de prefeito exige governar para todos os cidadãos, independentemente de sua filiação política. No entanto, as declarações de Clarissa Tércio parecem excluir deliberadamente uma parcela significativa da população.

Um exemplo recente desse comportamento ocorreu em um vídeo divulgado nas redes sociais da deputada, após um protesto realizado em frente ao seu edifício. No vídeo, Clarissa pede para que os manifestantes a avisem antes de participarem de protestos, sugerindo que ela poderia preparar pão com mortadela e jogar pela janela para eles, comparando-os a “cachorros de rua”.

Essa postura levanta questionamentos sobre a capacidade da pré-candidata de representar e governar de forma inclusiva, considerando a diversidade ideológica existente na sociedade. Enquanto alguns podem ver essas declarações como uma estratégia para mobilizar sua base eleitoral mais conservadora, outros enxergam como um extremismo político que não condiz com o papel de um líder democrático.

Diante desses acontecimentos, fica evidente a necessidade de um debate sobre o tipo de discurso e comportamento esperado de nossos representantes políticos, especialmente aqueles que almejam ocupar cargos de grande responsabilidade como o de prefeito. Afinal, a governança eficaz requer a capacidade de dialogar e representar todos os cidadãos, independentemente de suas convicções políticas.

Em tempo – Em campanha eleitoral, vale tudo ? Até beijar cabeça de eleitor de esquerda ? Pelo visto sim , falta saber se a deputada tem carregado pão com mortadela no seu carro para oferecer ao eleitor. Batom garoto gelado tem de “mói”.