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Merecidamente, o cantor e compositor Assisão foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Vivo de Pernambuco. Este lendário artista é o autor de diversos clássicos que, ao longo de décadas, têm embalado a música nordestina.
Dentre os intérpretes que gravaram as obras do filho de Serra Talhada, destaca-se o saudoso e genial Trio Nordestino, que encantou e continua a encantar gerações com a voz marcante de Lindolfo Mendes Barbosa, também conhecido como Lindú, e a sempre autêntica e arretada paraibana Elba Ramalho.
Além de Assisão, outros nove nomes notáveis de nossa cultura foram eleitos. Eles participaram do edital que contou com 103 candidaturas inscritas, das quais 101 foram habilitadas. Agora o Estado passa a ter 95 Patrimônios Vivos registrados de diferentes regiões.
A cerimônia de titulação dos dez novos Patrimônios Vivos está agendada para a próxima quinta-feira (17), data que coincide com o Dia Nacional do Patrimônio Histórico. O evento será realizado no Teatro Santa Isabel, como parte da 16ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco.
Saiba mais… A Lei Estadual nº 12.196, de 02 de maio de 2002, instituiu a concessão do título de Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco (RPV-PE), que prevê o pagamento de uma pensão vitalícia para os mestres e ou grupos culturais, selecionados por meio de edital público, lançado anualmente.
Quando passou a vigorar, ficou estabelecido que a cada ano deveriam ser registrados três novos nomes. Em 2016, em virtude do aumento significativo de inscrições para concorrer ao RPV-PE, houve a necessidade de ampliar o número de bolsas concedidas.
Os novos Patrimônios Vivos de Pernambuco são: As Cantadeiras do Povo Indígena Pankararu, de Tacaratu (Sertão de Itaparica); Afoxé Alafin Oyó, de Olinda (Região Metropolitana do Recife); Reisado da Comunidade Quilombola do Saruê, de Santa Maria da Boa Vista (Sertão do São Francisco); Caboclinho Canindé de Goiana (Zona da Mata Norte); Troça Carnavalesca Pitombeira dos Quatro Cantos, de Olinda (Região Metropolitana do Recife); forrozeiro Assisão, de Serra Talhada (Sertão do Pajeú); Coco de Roda Negros e Negras do Leitão da Carapuça, de Afogados da Ingazeira (Sertão do Pajeú); Mestra Nilza Bezerra da Bonequinha da Sorte de Gravatá (Agreste Central); Ilé Axé Oxalá Talabi, de Paulista (Região Metropolitana do Recife); e Mestra Vera Brito, de Vicência (Zona da Mata Norte), artesã que confecciona bonecas com fibra de bananeira e palha de milho.
10/08/2023 às 15:18 – Por Andros SIlva