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Assassinato dos médicos na Barra da Tijuca-RJ: Questões penais e de segurança pública

O quiosque na Barra da Tijuca onde três médicos foram assassinados. Foto: Florian Plaucheur/AFP

Se procedentes as investigações policiais, o homicídio dos três médicos e a tentativa de homicídio contra outro, qualificaram-se como crimes hediondos pela torpeza da motivação e a surpresa da execução.

Os autores materiais dos crimes apareceram mortos em dois veículos, abandonados em seu interior, talvez punidos pela estupidez de eliminarem vítimas não encomendadas e de grande prestígio o que provocou justa indignação nacional e consequente desconforto dos mandantes face ao risco de serem descobertos por seus crimes e punidos rapidamente na forma da lei.

O erro na identificação das vítimas não traria benefício aos facínoras. Todos responderiam como se tivessem alvejado as pessoas que pretendiam. Os executantes, todavia, não respondem mais, porque sua morte extinguile-lhes a punibilidade.

A queima de arquivo, contudo, não assegura a impunidade dos mandantes, dos comparsas que de qualquer forma contribuiram para os delitos, porque as provas não foram eliminadas todas. A investigação continua no tocante a barbárie desses delinquentes.

A sociedade cobra das autoridades ver o mais cedo possível a condenação judicial desses bandidos incluindo-se nela a responsabilidade também pela eliminação dos participes e dos coautores.

O Rio de Janeiro atrai turistas do mundo inteiro pelo encanto da beleza natural e artística inigualável, mas a violência da criminalidade afronta a autoridade pública da lei, cria o risco das balas perdidas, das vítimas trocadas, tornando perigosas atividades legítimas e úteis como participar de um Congresso de Medicina e nas horas de folga curtir um papo com amigos na beira do mar.

A conduta dos médicos não foi insensata nem sensuravel. Trágico mesmo foi crerem-se protegidos por uma segurança pública que não protege nem a si própria, frequentemente interrando seus mortos. Se procedentes as investigações policiais, o homicídio dos três médicos e a tentativa de homicídio contra outro, qualificaram-se como crimes hediondos pela torpeza da motivação e a surpresa da execução.

Os autores materiais dos crimes apareceram mortos em dois veículos, abandonados em seu interior, talvez punidos pela estupidez de eliminarem vítimas não encomendadas e de grande prestígio o que provocou justa indignação nacional e consequente desconforto dos mandantes face ao risco de serem descobertos por seus crimes e punidos rapidamente na forma da lei.

O erro na identificação das vítimas não traria benefício aos facínoras. Todos responderiam como se tivessem alvejado as pessoas que pretendiam. Os executantes, todavia, não respondem mais, porque sua morte extinguile-lhes a punibilidade.

A queima de arquivo, contudo, não assegura a impunidade dos mandantes, dos comparsas que de qualquer forma contribuiram para os delitos, porque as provas não foram eliminadas todas. A investigação continua no tocante a barbárie desses delinquentes.

A sociedade cobra das autoridades ver o mais cedo possível a condenação judicial desses bandidos incluindo-se nela a responsabilidade também pela eliminação dos participes e dos coautores. O Rio de Janeiro atrai turistas do mundo inteiro pelo encanto da beleza natural e artística inigualável, mas a violência da criminalidade afronta a autoridade pública da lei, cria o risco das balas perdidas, das vítimas trocadas, tornando perigosas atividades legítimas e úteis como participar de um Congresso de Medicina e nas horas de folga curtir um papo com amigos na beira do mar.

A conduta dos médicos não foi insensata nem sensuravel. Trágico mesmo foi crerem-se protegidos por uma segurança pública que não protege nem a si própria, frequentemente interrando seus mortos.

José de Siqueira Silva é Coronel da reserva da PMPE

Mestre em Direito pela UFPE e Professor de Direito Penal

Contato: jsiqueirajr@yahoo.com.br

Instagram: @j_siqueiras

Facebook: www.facebook.com

09/10/2023 às 15:56

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