Apresentado, Lisca cita motivação em chegada ao Sport: “não foi convite, foi convocação”

Antes mesmo de iniciar a entrevista coletiva, nesta quinta (30), e ser apresentado oficialmente como novo técnico do Sport, Lisca já havia preenchido alguns pontos na “cartela” rubro-negra. Chegou ao Recife trajado com a camisa leonina, puxou o “cazá, cazá” e passeou pelo gramado da Ilha do Retiro. Ambientando-se ao vermelho e preto, depois de uma passagem em Pernambuco vestindo a camisa alvirrubra do Náutico, o novo comandante do Leão chegou com o discurso de reconstrução. “Não foi um convite, foi uma convocação”.

Ter Lisca à beira do gramado era um desejo antigo do Sport. Antes de acertar com Gilmar Dal Pozzo, demitido justamente para a vinda do treinador, o Leão fez uma proposta ao profissional.  “Em um primeiro momento, não pude atender (ao convite do Sport) porque eu estava com uma intenção forte de ir ao futebol do exterior, com uma proposta vantajosa. Depois, falei ao meu empresário: ‘tem um clube que, se aparecer oportunidade, vou atender’. Vim correndo quando me ligaram. Nem considero um convite: foi uma convocação. Acompanho o Sport há muitos anos e fico mais motivado em participar da reconstrução do clube”, disse, explicando ainda o período que ficou sem aceitar propostas de outros clubes. 

“Ganhei um espaço interessante no futebol brasileiro. Recebi uma série de convites, mas todos atrelados a times que estão na parte de baixo da tabela, tanto na Série B como na Série A. Isso é uma imagem que tento mudar desde a época do América e o Sport pode me ajudar nisso”, completou.

Lisca chegou com o assistente, Márcio Ramos, e preparador físico, André Volpe. A estreia do treinador será no fim de semana, contra o Vasco, no Maracanã. “Temos uma vitória nos últimos oito jogos. Nas últimas 10 rodadas, temos a 12ª melhor campanha, mas estamos na quinta posição. O pessoal de baixo vem encostando e o de cima deu uma desgarrada. Temos um aproveitamento de 46%, com 21 pontos. Precisamos de, no mínimo, 64. Vamos ver os jogadores que vão se adaptar melhor a nossa ideia. Precisamos ter calma, sem fazer uma mudança radical no domingo, mas vamos colocar algumas ideias, alterações de função e posicionamento”, apontou.

O primeiro jogo de Lisca na Ilha será apenas no dia 9 de julho, contra o Londrina, mas o treinador já deixou o recado para os torcedores. “Eles precisam abraçar o Sport. É fácil ficar no momento bom, mas o verdadeiro torcedor está no ruim. Aí você vê com quem pode contar. Nosso momento não é o melhor, mas também não é horrível. Estamos entre os 40 principais clubes e queremos ficar entre os 20, que é o lugar do Sport. Para isso, precisamos da torcida”, finalizou.