A data já é dada como certa no Palácio das Princesas: será na próxima segunda-feira (21), o anúncio da pré-candidatura do deputado federal Danilo Cabral ao Governo do Estado.
A aliados, Paulo Câmara já adiantou o dia, mas não confirmou o formato exato. Há preocupação latente com as restrições impostas pela Covid-19.
Como o martelo foi batido no nome do parlamentar na última sexta (11), durante encontro na sede do Governo de Pernambuco, que reuniu, além do governador e do próprio pré-candidato, o prefeito João Campos e o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, Paulo Câmara emendou em nova rodada de conversas com dirigentes de partidos da Frente Popular, na última segunda (14), para selar a escolha de Danilo.
Daí, seguiu para Brasília, onde deu sequência aos encontros, indo à mesa com Eduardo da Fonte e Luciano Bivar, que comandam o PP-PE e o União Brasil, respectivamente. Da conversa com Bivar, também participou Raul Henry, que preside o MDB-PE e já tinha estado com o governador no dia anterior.
Paulo foi recebido ainda pelo senador Humberto Costa, liderança maior do PT em Pernambuco e peça central na articulação da aliança que dará palanque ao ex-presidente Lula no Estado.
A agenda de Paulo Câmara, na Capital Federal, no entanto, não se resumiu ao périplo com aliados. Como a coluna antecipara, ele tinha reunião com Carlos Siqueira às 17h e o encontro se estendeu por um jantar, que juntou, à mesa, a cúpula do PSB.
De Pernambuco, também estavam, o presidente estadual da sigla, Sileno Guedes e o deputado federal Milton Coelho, além de Paulo Câmara e Siqueira. Danilo Cabral não participou.
Por lá, também foi anotado Beto Albuquerque, pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Sul, um dos estados onde o PSB ainda aguarda receber apoio do PT, assim como São Paulo, que tem Márcio França no páreo para o Governo do Estado, e Espírito Santo, cujo governador, Renato Casagrande, também esteve com Siqueira ontem.
França reuniu-se com o presidente ainda pela manhã. Como a coluna registrara, São Paulo, Pernambuco e Rio Grande do Sul são maioria no diretório nacional. Leia-se: juntos, esses estados representam parcela importante para aprovação da federação, tema que, naturalmente, foi à pauta e que tem sido responsável por ruídos e trocas de farpas entre PSB e PT.
Por unanimidade, PT quer Senado
Já era perto das 22h ontem e o PT ainda não havia concluído a reunião da executiva estadual, marcada para as 19h30, que debateu a participação do partido na chapa majoritária da Frente Popular. Por unanimidade, a sigla decidiu reivindicar a vaga para o Senado, como já e esperado. Antes mesmo de o PSB bater o martelo no nome de Danilo Cabral, no PT, já se falava em risco de “ruptura grave”, caso os socialistas não cedessem o referido espaço.
Próximo passo > Agora que os petistas decidiram formalmente a posição sobre o Senado, vão apresentá-la a Paulo Câmara na próxima reunião dentro do roteiro da nova rodada de conversas que ele está fazendo com os partidos aliados.
Figurinhas > Luciano Bivar, que recebeu Paulo Câmara, ontem, embora seu partido tenha Miguel Coelho como pré-candidato a governador, à coluna, diz o seguinte: “É meu governador. Tantas vezes ele venha, tantas vezes eu receberei”. E minimiza potencial eleitoral do encontro: “Ele veio fazer visita e veio com Raul Henry”. Bivar também recebeu Miguel ontem.
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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo