Vai a júri popular, na próxima segunda-feira (20), o representante farmacêutico Guilherme José Lira dos Santos, acusado de provocar o acidente de carro que matou a ex-esposa, a engenheira Patrícia Cristina Araújo Santos, de 46 anos. O crime aconteceu no dia 4 de novembro de 2018, no bairro da Boa Vista, área Central do Recife.
Guilherme será julgado na 1ª Vara do Tribunal do Júri Popular da Capital, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, em Ilha Joana Bezerra, no Recife. De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o júri começará às 9h e será presidido pela juíza Fernanda Moura de Carvalho.
Foto: Divulgação/Polícia Civil
Na sessão, o acusado será julgado por homicídio qualificado, com as qualificadoras de homicídio por motivo fútil, mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; e pela condição de gênero da vítima (feminicídio).
Ainda segundo o TJPE, a defesa do réu nega que Guilherme teve a intenção de matar a ex-esposa e alega que houve apenas um acidente de trânsito, o que faria o homicídio ser culposo.
Para a oitiva do julgamento em plenário, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que faz a defesa da vítima, convocou cinco testemunhas e três peritos criminais. Já a defesa do réu arrolou cinco testemunhas e dois informantes.
Relembre o fato
Guilherme José de Lira Santos dirigia o próprio veículo quando colidiu com uma árvore na Rua Fernandes Vieira, no bairro da Boa Vista, no dia 4 de novembro de 2018. A esposa dele, Patrícia Cristina Araújo Santos, de 46 anos, estava no banco do passageiro sem o cinto de segurança e ficou presa nas ferragens, tendo sido retirada sem vida do local.
Foto: Reprodução/Instagram
Guilherme teve apenas ferimentos leves e alegou que teria perdido o controle do veículo. O casal estava em processo de separação, mas o marido não aceitava o término e, no dia da batida, segundo familiares, ele teria insistido que precisava conversar com esposa e a levou para o carro.
Na época do acidente, o delegado titular da 1ª Delegacia de Homicídios do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Diego Acioli, afirmou que o carro que o suspeito dirigia estava em alta velocidade e teria sido jogado propositadamente contra a árvore.
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