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A verdadeira historia do Dia da Pizza

Ontem celebramos o dia da Pizza. Tudo começou com Carlito Maia, “publicitário do ano” em 1978, provavelmente o maior de seu tempo – até morrer, por excesso de álcool, em 2002. Dele ficaram expressões famosas – “jovem guarda” e “calhambeque”; e frases – “Brasil? Fraude explica”, “Acordem o progresso”, “Evite acidente, faça tudo de propósito”, “Deixei de usar gravata porque sentia um nó na garganta”; e campanhas – “oPTei”, “Lula Lá” e “Sem medo de ser feliz”. Numa carta que escreveu aos filhos, está o resumo de sua vida: “Eu não sei até onde a liberdade poderá levar-me, a que praias remotas, a que abismos … Não sei. Mas eu irei com ela seja para onde for”.



Foi esse Carlito genial que, depois de uma bela pizza paulistana, sugeriu “É preciso criar o dia da pizza”. E tanto insistia nessa tese que, numa noite, suas palavras afinal encontraram eco. Um grupo de amigos, reunidos na casa de Caio Pompeu de Toledo (Secretário de Esporte do Prefeito Olavo Setúbal), votaram a criação desse dia. Aprovado por unanimidade. Depois, decidiram que a data deveria ser criada por lei; e incumbiram, de preparar o projeto, o então Secretário de Turismo do governador Franco Montoro, Caio Luís de Carvalho. Faltava só escolher a data. E começaram as sugestões.



Um queria que fosse o nascimento de Dante Alighieri (29 de maio), autor da Divina Comédia. Outro preferia Leonardo da Vinci (15 de abril). Ou Michelangelo (6 de março). Houve até quem sugerisse 25 de novembro, em homenagem a João XXIII – papa dos pobres e famoso glutão. Até que Caio Luís de Carvalho encerrou o barulho: “como sou eu que vou preparar o projeto, vai ser o dia do meu aniversário”. Dito e feito. 10 de julho acabou o “dia internacional da pizza”. E a invenção de Carlito Maia se espalhou por todo o Brasil.



Merecida homenagem a esse prato cuja origem, bom lembrar, se confunde com a própria história do pão. No início os grãos (de trigo ou cevada) eram triturados e dissolvidos em água, sendo em seguida postos no fogo em primitivos potes de barro. Depois, para que aquelas papas se conservassem por mais tempo, eram ressecadas, no fogo ou sobre pedras aquecidas pelo sol. Naquele tempo, ainda sem fermento – uma invenção dos egípcios, entre 2000 e 1600 a.C. A partir daí aquele povo, acostumado a fazer pirâmides, passou a construir fornos de tijolos, com lama do próprio Nilo, para assar a massa. A novidade logo foi levada para Roma, centro do mundo antigo; e, em variações daquela receita original, novos jeitos de fazer o pão foram surgindo. Cada lugar com sua receita própria. Em Nápoles, por exemplo, surgiu o “picea”. Mas disso falaremos em outro artigo. Até porque, como ensinava Carlito Maia, “quanto menos você fala, mais entendem você”.



RECEITA: PIZZA CALABRESA (Pizzaria Capricciosa, Rio de Janeiro)



INGREDIENTES:



MASSA:

15 g de fermento biológico para pão, 50 ml de água morna, 500 g de farinha de trigo tipo 00, 250 ml de água mineral, 25 ml de azeite, 25 g de sal.



COBERTURA:

200g de muçarela de búfala, 100 g de linguiça calabresa crua, 30 g de cebola, 6 azeitonas pretas sem caroço, 25 folhinhas de orégano frescas.

PREPARO MASSA:



• Misture fermento e água morna. Em uma tigela junte farinha, água mineral, fermento dissolvido e trabalhe a massa com as mãos, até que fique homogênea. Acrescente azeite aos poucos; e sal. Faça uma bola única e coloque em uma bacia untada com azeite. Deixe descansar, coberta com pano úmido, por aproximadamente 30 minutos – até que dobre de tamanho (aproximadamente 30 minutos). Divida a massa em 4 pedaços e coloque num tabuleiro untado com farinha. Cubra com pano e deixe descansar, por mais 30 minutos.


• Abra a massa num disco de 30 cm. Despeje sobre ela uma concha de molho de tomate (deixando a borda sem molho). Distribua a muçarela, cubra com linguiça e cebola cortada em rodelas. Decore com azeitonas. Leve ao forno bem quente (220º), por 40 minutos. Retire do forno e decore com folhinhas frescas de orégano.

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Fonte: Folha PE
Autor: Letícia Cavalcante

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