O automóvel conversível Rolls-Royce que transportou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cerimônia de posse neste 1º de janeiro tem 70 anos e acompanha os chefes-de-Estado brasileiros desde a década de 1950.
De modelo Silver Wraith, o Rolls-Royce foi fabricado em 1952, na Inglaterra, e transportado por navio de Londres para o Rio de Janeiro, então capital brasileira, no ano seguinte. Desde então, pertence à Presidência da República e já conduziu todos os presidentes do Brasil, em diferentes ocasiões.
Foi usado pela primeira vez durante o segundo governo de Getúlio Vargas, em 1953, durante as comemorações do Dia do Trabalho, em 1º de maio, em Volta Redonda (RJ).
A partir de então, passou a ser tradicionalmente usado nas cerimônias de posse presidencial. A primeira vez que isso ocorreu foi com Juscelino Kubitschek, em 1956, ainda no Rio de Janeiro. Outros presidentes transportados pelo automóvel foram Fernando Henrique Cardoso, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro – além do próprio Lula, em 2003. Além disso, o Rolls-Royce frequentemente conduz o presidente no desfile de 7 de setembro.
Há uma lenda de que o automóvel havia sido um presente da rainha Elizabeth 2ª, da Inglaterra, para o governo brasileiro. Porém, o escritor e historiador Lira Neto afirma na trilogia Getúlio que o Rolls-Royce foi encomendado pela Presidência do Brasil.
O veículo também já conduziu presidentes e personalidades estrangeiros como a rainha Elizabeth 2ª, o ex-presidente francês Charles De Gaulle, e o astronauta russo Iuri Gagarin.
O uso do Rolls-Royce na posse de Lula era dúvida até momentos antes do desfile. No círculo próximo do presidente, havia quem temesse que o carro aberto oferecesse riscos a sua segurança.
Setentão, o Rolls-Royce passa por manutenção regular, de uma a duas vezes por ano. Além disso, uma vez por semana, sai da garagem da Presidência e é dirigido por 20 minutos. No seu tempo de serviço, já rodou cerca de 30 mil quilômetros. Pode ser usado no modelo conversível ou fechado, transportando até 7 pessoas.
A placa é verde e amarela com os dizeres “Presidente da República”. A exceção foi durante os governos de Dilma Rousseff, quando a placa foi substituída por “Presidenta da República”.
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