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A carreira de Edilson Capetinha, atacante conhecido por infernizar a defesa adversária

Segundo tempo de uma decisão de Campeonato Paulista. O jogador, no meio do campo, para a bola e começa a fazer embaixadinhas. A ação resulta em uma verdadeira briga generalizada entre as duas equipes, Corinthians e Palmeiras. O autor? Edilson Capetinha, atacante conhecido por infernizar a defesa adversária.

Craque do Corinthians do final da década de 1990, Edilson Capetinha foi um daqueles jogadores brasileiros que por muito tempo figuraram entre os melhores do Brasil. O jogador surgiu em uma época em que o país estava muito bem servido de atacantes, como Edmundo, Romário, Luizão, Ronaldo entre outros.

Ainda assim, conseguiu se destacar e provar o seu valor. Muito disso era justamente pela sua personalidade em campo: um atacante rápido, habilidoso e extremamente marrento em algumas ocasiões. O episódio citado no primeiro parágrafo é mais do que suficiente para exemplificar esse último ponto.

Apesar de ser conhecido principalmente por sua passagem pelo Corinthians, Edilson atuou em diversos outros clubes. Vestiu a camisa de outros grandes times do Brasil e, por onde passou, não apenas fez gol como deixou um pequeno legado. Dito isso, confira um pouco mais sobre a carreira do atacante:

Do Espírito Santo à São Paulo


Ao contrário de outros grandes jogadores de futebol, Edilson Capetinha não começou a sua carreira profissional em uma grande equipe brasileira. Muito pelo contrário, os seus três primeiros anos enquanto jogador foi em dois times bastante discretos: o Industrial-ES, o qual já foi extinto, e o Tanabi-SP.

No entanto, Edilson não tinha nem dois anos de carreira profissional quando foi contratado por um grande clube brasileiro. Em 1992, o atleta se tornou jogador do Guarani, equipe que apesar de hoje viver um período bastante difícil, naquela época era um dos melhores do Brasil em muitos aspectos.

Bastou uma temporada no Guarani, inclusive, para que Edilson chamasse a atenção de outro grande do Brasil. Em 1993, ele foi comprado justamente pelo time que viria a lhe bater no episódio das embaixadinhas anos depois: o Palmeiras. Foi no Verdão, no entanto, onde se destacou em definitivo.

Em sua primeira temporada com o Palmeiras, Edilson disputou 65 partidas e marcou 21 gols. Mais do que artilheiro, foi também decisivo, em um elenco que terminou o ano como campeão Brasileiro, campeão Paulista e campeão do Torneio-Rio São Paulo. Em 1994, mais um título estadual e 14 gols em 31 jogos. No entanto, foi o fim de sua primeira passagem pelo Verdão.

Edilson Capetinha vai ao exterior, mas retorna pra jogar no Timão


No ano de 1995, Edilson Capetinha foi emprestado pelo Palmeiras para jogar no Benfica, de Portugal. Ele atuou pelo clube português por apenas um semestre, o que foi suficiente para disputar 31 partidas e marcar 17 gols. Ainda naquela temporada, retornou ao Verdão e fez mais uma boa passagem: 11 gols em 27 jogos.

Edilson, no entanto, não ficou no Palmeiras. O jogador acabou sendo vendido para o Kashiwa Reysol, clube do futebol japonês, onde ficou por dois anos. Lá, viveu as temporadas mais goleadoras da sua história, com destaque para a de 1997, quando marcou 31 gols em 31 jogos.

No entanto, foi ainda em 1997 que o jogador acabou sendo comprado por um clube que viria a mudar a sua vida. Naquele ano, Edilson se tornou o novo reforço do Corinthians. Foram poucas partidas no primeiro ano, mas as alegrias do Pacaembu estavam para vir na sequência, em 1998.

A partir de 98, Edilson se tornou titular absoluto. Foram 18 gols naquele ano e mais 18 no ano seguinte. Em 1999, fez a sua última partida jogando pelo Timão. O saldo desse período, no entanto, foi simplesmente inesquecível para o torcedor – e para o próprio atleta.

Com a camisa do Corinthians, foram dois Campeonatos Brasileiros e dois Campeonatos Paulistas, em uma das melhores épocas da história do Timão. Edilson Capetinha, então, ficou marcado para a história do clube.

Da ida ao Flamengo ao fim da carreira


O ano era 2000 quando Edilson Capetinha acabou sendo comprado pelo Flamengo. Pelo rubro-negro, ele fez duas ótimas temporadas, mas assim como nos casos anteriores, acabou não construindo uma carreira longeva junto com o clube.

Depois disso, Edilson passou por diversos clubes do futebol brasileiro: Cruzeiro, Vitória, São Caetano, Vasco e Bahia. Em 2010, se aposentou dos gramados, depois de cerca de 20 anos de futebol profissional. Curiosamente, no entanto, ainda voltou a jogar em 2016, quando disputou duas partidas pelo Taboão da Serra e, daí sim, em definitivo, pendurou as chuteiras.

As informações contidas neste artigo não refletem a opinião do Jornal Folha de Pernambuco e são de inteira responsabilidade de seus criadores.

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Fonte: Folha PE

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