Depois de Valdemar Costa Neto, Bolsonaro tira Gilson de tempo e ironiza candidatura de seu filho em Pernambuco. “Vou botar ele na cota da diversidade”

Em mais um episódio que movimentou os bastidores da política nacional, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protagonizou um momento embaraçoso ao fazer uma piada com Gilson Machado (PL) e seu filho Gilsinho durante uma chamada de vídeo. Após o menino de Gilson ex-ministro do Turismo se queixar de suposta falta de espaço no guia eleitoral da campanha, Bolsonaro ironizou, prometendo “dar espaço a ele na cota da diversidade”. 

“Fica tranquilo que eu tenho espaço para candidatos da diversidade”, disse Bolsonaro, gerando um clima desconfortável no vídeo, com Gilsinho fechando a cara imediatamente.

A cena ocorreu em meio às reclamações de Gilson Machado sobre os rumos da campanha de seu filho, que busca uma vaga de vereador. Embora o ex-ministro tenha recebido mais de R$ 6 milhões de reais do fundo partidário do PL para sua própria candidatura, os Machado têm demonstrado insatisfação com o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto. Costa Neto, ao comentar a alocação de recursos, afirmou que gastar mais que essa quantia em Recife seria como “rasgar dinheiro”, uma vez que Gilson Machado está bem atrás de João Campos(PSB) que lidera as pesquisas com aproximação 60%(segundo pesquisas) a frente do ex-ministro e agora candidato Gilson Machado(PL).

Apesar da generosa quantia destinada à campanha, Gilson e seu filho continuam se queixando da falta de apoio. A frase de Bolsonaro, escancarou a choradeira dos Machados nos bastidores do partido. A referência à “cota da diversidade” causou constrangimento tanto para Gilson quanto para seu filho, que tem como objetivo conquistar uma vaga na Câmara Municipal no próximo domingo.

Verba

Foram repassados para a campanha de Gilson Machado R$ 6 milhões, quando era esperada a chegada de R$ 9,7 milhões (limite desta eleição). Até então acreditava-se que era apenas uma questão de fluxo financeiro. Valdemar deixou claro que não: cortou de propósito.

E o mais impressionante é não ter tido qualquer pudor em expor, bem no meio da campanha, sua decisão que fere gravemente as chances do candidato. Mostra que a paciência excedeu o limite faz tempo.

Revolta

“Há um sentimento de revolta por estar beneficiando o próprio filho. Eu faço papel de bombeiro para tentar acalmar os ânimos, mas a postura de Gilson não tem sido a de um candidato para a prefeitura”, disparou Valdemar.

Confiança

A dificuldade decorre, óbvio, de os bolsonaristas não terem um partido e não serem donos do dinheiro. Quem não assina o cheque não determina seu destino.

Mas vem também da relação de proximidade que existe entre Anderson Ferreira e Valdemar. 

O presidente estadual e o nacional confiam muito um no outro. Em disputas anteriores pelo partido no estado, Valdemar sempre deu garantias para a tranquilidade dos Ferreira. Inclusive, quando Bolsonaro entrou no partido e exigiu o controle de diretórios estaduais, Valdemar resistiu e apoiou Anderson. Nada leva a crer que seria diferente agora. 

O recado também importante é o de que, mesmo um pouco afastado dos holofotes estaduais depois de ter perdido a eleição para o governo em 2022, Anderson segue prestigiado nacionalmente no partido e segue sendo uma força política importante por aqui.

Em tempo – Valdemar Costa Neto e Bolsonaro deixaram transparecer que essa candidatura de Gilson já é tratada como piada dentro do partido.

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