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Legenda da foto, Performance em debate foi descrita como desastrosa

Na quarta-feira (3/7), uma reportagem do jornal The New York Times (NYT) disse que Biden afirmou a um aliado próximo que estava “avaliando suas opções” e que sabia que sua candidatura está em risco caso não consiga convencer o público de que tem condições de saúde de dar conta do trabalho em um próximo mandato.

Segundo o NYT, esse aliado disse que Biden ainda está “profundamente dedicado” à reeleição, mas entende que suas próximas aparições públicas precisam ir muito bem.

Na mesma tarde, a Casa Branca emitiu um comunicado dizendo que as especulações publicadas pelo NYT são “absolutamente falsas”.

Biden se reuniu nesta quarta com a vice-presidente, Kamala Harris, e outros aliados importantes, incluindo um grupo de governadores democratas.

O presidente insiste há dias que continuará lutando pela vitória até a eleição, em novembro, dizendo que acredita de “coração e alma” que poderá cumprir outro mandato.

Legenda da foto, Membros do partido democrata disseram que as únicas opções são ‘Biden ou Harris’

Democratas preocupados

Uma nova pesquisa da CBS News na quarta mostrou uma mudança a favor de Trump após o debate, inclusive nos chamados “Estados pêndulo”, considerados decisivos porque os resultados se alternam entre favorecer os democratas ou os republicanos em eleições diferentes.

Nos outros Estados, o resultado das eleições costuma ser o mesmo todas as eleições: ou votam sempre nos republicanos ou sempre nos democratas.

Tanto essa pesquisa da CBS quanto outras pesquisas recentes publicadas após o debate no qual Biden foi mal alimentaram as preocupações democratas sobre a candidatura do presidente.

Mas substituí-lo não é tão simples: os democratas precisariam de um candidato forte, conhecido do público e capaz de vencer Trump nas eleições.

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Legenda da foto, Candidatura de Biden tem sido bastante questionada

Quem poderia substituir Biden?

Diversos nomes já foram levantados para substituí-lo como candidato: estão na lista a vice-presidente, Kamala Harris, e governadores como Gavin Newsom, da Califórnia; Gretchen Whitmer, de Michigan; e Josh Shapiro, da Pensilvânia, entre outros.

No entanto, uma pesquisa Ipsos encomendada pela Reuters, mostrou que a ex-primeira-dama Michelle Obama, formada em direito pelas universidades de Princeton e Harvard, seria a única candidata capaz de vencer Trump nas eleições deste ano.

Seu nome já era levantado como uma possível candidata democrata desde o segundo mandato de Obama, e sua popularidade só cresceu desde então.

No entanto, Michelle disse em março deste ano que não iria concorrer.

Os outros cenários levantados pela pesquisa Ipsos/Reuters mostraram uma situação desanimadora para os democratas. Veja abaixo:

  • Joe Biden 40% x 40% Donald Trump
  • Michelle Obama 50% x 39% Donald Trump
  • Kamala Harris 42% x 43% Donald Trump
  • Gavin Newsom 39% x 42% Donald Trump
  • Gretchen Whitmer 36% x 41% Donald Trump
  • Andy Beshear 36% x 40% Donald Trump
  • J. B. Pritzker 34% x 40% Donald Trump

Os democratas não perdem no voto popular (em número total de votos) nos EUA há mais de 20 anos.

Tanto George W. Bush (2001-2004) Jr. quanto Donald Trump (2017-2021) foram eleitos pelos colégios eleitorais e se tornaram presidentes sem ganhar a maioria dos votos dos americanos.

Isso é possível no país pois o presidente é eleito pelos votos dos colégios eleitorais dos Estados, não pelo voto popular.

A situação atual tem gerado disputas internas entre os democratas. Um membro do partido disse à BBC News que as duas únicas opções são “Biden ou Harris”.

“Abrir a indicação para qualquer outra pessoa, incluindo uma briga nas prévias, prejudicaria o partido”, disse à fonte, que pediu para não ser identificada.