Ferrari contra Red Bull. Leclerc contra Verstappen. Para a volta da Fórmula 1 à Austrália depois de dois anos de ausência por conta da pandemia, a batalha anunciada para 2022 continuará neste fim de semana, com a Mercedes saindo atrás, tentando se reerguer nesse início de temporada.
O duelo entre Verstappen, atual campeão do mundo, e Leclerc, líder do campeonato de pilotos, será disputado no circuito de Albert Park, em Melbourne, que passou por pequenas modificações e promete mais velocidade e ação para a terceira corrida do ano.
“Deve haver mais possibilidades de ultrapassagens agora, o que é sempre positivo. Também será interessante ver como o carro se comporta na Austrália, a pista às vezes pode ficar mais suja”, disse o holandês da Red Bull, vencedor do último GP, na Arábia Saudita.
“Espero que possamos ter outro fim de semana sem problemas para a equipe”, acrescentou Verstappen.
Durante a primeira corrida na temporada, no Bahrein, um problema no sistema de alimentação de combustível causou o abandono dos dois carros da Red Bull nas últimas três voltas.
Uma situação que foi aproveitada pela Ferrari, atual líder do campeonato de construtores, que admitiu ter deixado de lado a temporada passada para se preparar para 2022, após ter obtido em 2020 o seu pior resultado desde 1980.
Até o momento, a estratégia tem dado frutos, já que a equipe italiana começou o ano com uma dobradinha no Bahrein, com a vitória de Leclerc e com Carlos Sainz em segundo, e na Arábia saudita o monegasco e o espanhol completaram o pódio atrás de Verstappen, na mesma ordem.
O terceiro GP da temporada também marca a estreia do tetracampeão Sebastian Vettel, que ficou fora das duas primeiras corridas por ter testado positivo para covid-19.
“Tenho a sensação de ter chegado atrasado na escola. Começar a temporada na Austrália é algo que evidentemente já fiz”, brincou o piloto alemão.
Antes da pandemia, a etapa australiana era desde 1996 a primeira do Mundial de Fórmula 1, com exceção de 2006 e 2010.
O último GP da Austrália aconteceu em 2019. Na ocasião, as Mercedes do finlandês Valtteri Bottas, vencedor da corrida, e do heptacampeão mundial Lewis Hamilton chegaram na frente da Red Bull de Verstappen.
No ano seguinte, o GP foi cancelado em cima da hora depois que foram detectados casos de covid-19 entre membros de várias equipes.
Mercedes sofre
O retorno à Austrália parece ser mais difícil para a Mercedes. A equipe alemã, que venceu todos os campeonatos de construtores da era híbrida (desde 2014), passa por um início de temporada muito complicado.
Hamilton, que foi apenas o 10º na Arábia Saudita, é 5º no mundial de pilotos, atrás do seu companheiro de equipe, o britânico George Russell.
“Até o momento nosso rendimento na pista não corresponde às nossas próprias expectativas”, reconheceu o chefe da Mercedes, Toto Wolff.
“Não haverá solução milagrosa. Nós nos esforçamos para fazer um progresso constante nas próximas corridas, para ter a esperança de chegar mais perto do topo”, acrescentou Wolff.
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Fonte: Folha PE
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