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No partido que governa o Brasil, o carro chefe das políticas públicas são os programas de combates à fome e de inclusão social. Todos têm que ter o que comer. Barriga cheia não faz mal a ninguém. A nomenclatura Fome zero, Brasil sem fome, poderia ser acrescida com expressões tipo Fome nunca mais, Fome jamais.
Em governo passado já se proclamou que fome no Brasil era uma grande mentira, inventada como tema de campanha política por falta de algo mais importante a dizer. Não havia fome, nunca ouvera fome. Ao contrário, o povo comia muito, precisava reduzir a abastança de alimentos e contribuir menos com as emanações de seus excrementos para o efeito estufa. Isso mesmo, o povo brasileiro, com as fezes resultantes das suas comilanças era um dos principais causadores do desequilibrio ecológico mundial ameaçador das condições de vida terrestre. Que absurdo! Absurda não a afirmação mas o fato de comer-se tanto. A gula é um pecado capital.
A propaganda dos partidos políticos atuais, governo e oposição, constroi um mundo edênico, ficcional, de dar água na boca, em que todos gostaríamos de viver. E tanto faz um lado quanto o outro, é tudo um universo de fartura. Abundância jurídica no tocante o empoderamento feminino e proteção da mulher. Feminicidio é um crime em instinção. O desemprego diminui todo dia. Alimentos sobram para o lixo e a compostagem. Dinheiro para pobres e pretos. Estes podem encher a barriga de comida ou de vento, mas ela estará sempre cheia. A inclusão social baniu os preconceitos.
No pertinente a segurança pública a criminalidade será zerada. Recursos sobejam para tudo, peca-se apenas nos detalhes, anos para licitar compra de câmeras de segurança necessárias a desvendar e prevenir crimes. No governo passado o prometido extermínio da bandidagem menos seria benção do que maldição. Foi comprometido a falta de munição e o próprio extermínio de pessoas seria criminoso.
A crise que herdamos é horrorosa. As barreiras para soluciona-la são desafiantes. Salários incondizentes, por exemplo, humilham as classes sociais. Funcionário público estadual convidado a almoço de confraternização natalina com os colegas, vendo o preço da pesagem dos alimentos, para não dar bandeira e sair sem comer, serviu-se apenas de um grão de arroz e um de feijão. Prato feito do brasileiro.
José de Siqueira Silva é Coronel da reserva da PMPE
Mestre em Direito pela UFPE e Professor de Direito Penal
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08/12/2023 às 15:08