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Conselho Municipal da Mulher empossa novas conselheiras

As representantes irão atuar no triênio 2023-2026. Vinculado à Secretaria da Mulher, o órgão tem o intuito de garantir o exercício da cidadania, o enfrentamento de qualquer forma de discriminação e promover a igualdade de gênero. (Foto: Hélia Scheppa/PCR)

Tomaram posse na última quinta-feira (26), as 48 mulheres eleitas para o Conselho Municipal da Mulher (CMM) do Recife para atuar no triênio 2023-2026. A cerimônia aconteceu na Casa  Empodera, em Santo Amaro. Ao todo, o Conselho é composto por 24 representantes, sendo 24 representantes da sociedade civil (12 titulares e 12 suplentes) e 24 representantes do Governo Municipal (12 titulares e 12 suplentes). Vinculado à Secretaria da Mulher, o órgão tem o intuito de garantir o exercício da cidadania, o enfrentamento de qualquer forma de discriminação e promover a igualdade de gênero.

“Eu fico muito feliz, pois estamos dando continuidade a tudo que começou com o movimento de mulheres lá atrás, pois os conselhos, as conferências, as delegacias, são todos frutos da luta das mulheres. E termos a possibilidade de nos reunirmos como um órgão permanente, mesmo quando passamos por tempos tenebrosos com relação às políticas públicas, é algo que me deixa muito feliz, já que eu vim do movimento social. Sejam todas bem vindas”, afirmou a secretária da Mulher do Recife, Glauce Medeiros . 

A secretária também destacou a representatividade da posse acontecer na Casa Empodera, antigo Centro Clarice Lispector. “ A Empodera é a casa do Conselho e abriga também alguns outros programas, mas na realidade é a casa das mulheres do Recife. Diferentemente de outros equipamentos, em que atendemos somente mulheres em situação de violência, precisando de maior  restrição ao acesso, aqui não: essa casa é das mulheres do Recife e as conselheiras, consequentemente, representam as mulheres nesse espaço”, pontuou.

Fundado em 2003, o CMM é considerado um órgão permanente de controle social da administração municipal, de composição paritária, de caráter deliberativo, fiscalizador, autônomo, formulador de diretrizes e monitorador da execução das políticas públicas dirigidas para as mulheres para garantir o pleno exercício de sua cidadania, o combate de qualquer forma de discriminação e promoção da igualdade de gênero, racial, geracional, orientação sexual e identidade de gênero.

Lu Matos, representante da Unegro, uma das 24 conselheiras eleitas, destacou a importância de defender a pauta em um contexto geral, mas também enegrecer os espaços, como reparação histórica ao racismo estrutural que está em todos os lugares. “Nós temos um lugar para discutir e criar novas leis e alças para que a gente tenha, realmente, uma sociedade livre de machismo e racismo”, destacou. 

“Nós estamos nesse espaço para disputar as leis,  os orçamentos e colocar as nossas ideias. Quando nos tornamos conselheiras, estamos pensando na sociedade civil, não somos conselheiras para nós mesmas. Então, nessa perspectiva, eu venho com muita vontade mesmo de fazer as coisas acontecerem e criar leis que sejam benéficas para a sociedade e para todas as mulheres, mas com foco principal em nós mulheres negras, que somos a maioria da população e estamos em vulnerabilidade, sofrendo mais violência. Nós estamos na ponta do iceberg sempre”, finalizou a conselheira.

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