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26º Festival Internacional de Dança do Recife começa nesta quinta-feira

Programação gratuita, realizada pela Prefeitura do Recife, tomará conta de teatros e ruas da cidade, até o próximo dia 26, apresentando a todos os públicos recifenses 15 espetáculos: dois internacionais, um deles inédito no Brasil, três nacionais e dez locais. Vai ter ainda lançamento de livro, exibição de filme, mesas de debate, oficinas e batalha de breaking. (Foto: Divulgação)

Coreografias, talentos, questionamentos e emoções do Recife, de várias partes do Brasil e até do mundo tomarão conta dos palcos e das ruas da capital pernambucana entre os próximos dias 19 e 26 de outubro, quando a cidade dançará junto com a 26ª edição do Festival de Dança Internacional do Recife, realizado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife.

Com o tema “Dança e Existência”, a programação, que rende homenagem à bailarina, realizadora e estudiosa da dança Mônica Lira e a seu celebrado Grupo Experimental, retoma o auge de sua capilaridade nesta edição, atravessando fronteiras para buscar novidades, inspirações e transpirações noutros países, contará com 15 espetáculos: dez locais, 3 nacionais e 2 internacionais, para falar sobre e para corpos de todas as cores, idades e gêneros, com e sem deficiência, a respeito de temas como diversidade, respeito, inclusão e tempo, convidando todo mundo para a dança. O Festival contará ainda com oficinas, lançamentos de livros, mesas de debate, apresentação de filmes e batalha de breaking.

Os espetáculos serão apresentados em palcos convencionais e célebres da cidade, como os teatros de Santa Isabel, do Parque, Barreto Júnior, Apolo, Hermilo e também em espaços públicos e palcos alternativos, como o museu Paço do Frevo, o Parque Dona Lindu, o bairro de Brasília Teimosa e o Espaço Rede Moinho, no Recife Antigo, próximo à comunidade do Pilar. Toda a programação será gratuita. Nos teatros, em função da capacidade de público, os ingressos serão distribuídos na bilheteria, uma hora antes do início de cada apresentação, por ordem de chegada.

Atrações

As atrações internacionais, que trarão os recados do mundo para encontrar com os públicos da cidade de tanto(s) movimento(s) são da Bélgica e da França. A companhia belga Félicete Chazerand fará sua estreia em palcos brasileiros, apresentando o espetáculo “Sous Les Plis”, dedicado ao público infantil.

A francesa R.A.M.a, que já veio ao Recife, também chegará cheia de novidades: apresentará uma versão inédita de “Générations – battle of portraits”, remontada com a participação do bailarino brasileiro Enoque Viana, para transpirar a realidade do país. O espetáculo trata de etarismo, celebrando e congraçando corpos de gerações distintas, para falar da beleza e da potência que cada idade é capaz de expressar, arranjando de maneiras completamente diferentes músculos, sabedorias e delicadezas.

Entre os espetáculos nacionais, estrearão no Recife, respectivamente, “Lança Cabocla”, do grupo Plataforma Lança Cabocla, de Fortaleza/São Luís/Salvador e “Sociedade dos Improdutivos”, do grupo paulista Cia Sansacroma, que abrirá a programação do Festival, nesta quinta-feira (19), às 19h, levando um elenco de seis bailarinos e três músicos para cima do palco do Teatro de Santa Isabel, para falar sobre loucura e sofrimento psíquico, na perspectiva de corpos negros.

O Coletivo Tripé, de Petrolina, completa a lista de participações nacionais, com a reapresentação de “Eu cá com meus botões”, voltado para o público infantil.

Dos grupos locais, a grande estreia fica por conta do Grupo Experimental, dirigido por Mônica Lira, criadora e criatura homenageadas nesta 26ª edição, que volta a abraçar o mundo. O grupo apresentará seu novo e inédito espetáculo “Caosmose”, em quatro sessões, no Espaço Rede Moinho, no Recife Antigo, nos dias 20, 21 e 22.

Depois volta à programação no último dia de Festival, a quinta-feira (26), quando mostrará uma versão também inédita – e especialmente concebida para o evento – de seu aclamado “Pontilhados”, no Teatro do Parque. Na ocasião, o grupo traduzirá para várias linguagens artísticas sua importância para a cultura do Recife, apresentando ainda o documentário “Conceição em nós” e lançando o livro “Pontilhados: dançando experiências humanas em mundos desumanos”.

Subirão ainda aos palcos do 26º Festival de Dança os grupos: Grupo Agridoce, Grupo Totem e a Cia Etc, além dos artistas Rebeca Gondim, Marcela Rabelo e Cláudio Lacerda, que há anos se dedicam a encher a cidade de movimento.

A programação deste ano encerra como a 25ª edição começou, numa batalha de breaking, que celebra a dança e os movimentos culturais que emanam no asfalto.

Projeto Primeira Cena

Mas nem toda antiguidade é posto nos palcos do evento, realizado pelo poder público municipal para celebrar e confirmar o fôlego dos profissionais da dança na cidade da música. A partir deste ano, o Festival abre espaço para grupos e artistas iniciantes, no Projeto Primeira Cena, que será realizado na quarta-feira (25), no Teatro Hermilo Borba Filho, a partir das 19h, apresentando artistas independentes e suas performances.

Discussão e formação

Além de suar os figurinos, os participantes também serão convidados a discutir sobre dança, a partir de dois recortes: acessibilidade e videodança, em duas mesas de debate, nos dias 21 e 22, protagonizadas por artistas como Estela Lapponi, jornalista, performer e videoartista paulistana, que investiga o discurso do corpo com deficiência, e os bailarinos Carmen Luz, Edson Vogue e Marina Mahmood, que exploram palcos e telas como plataformas artísticas. Os debates acontecem no Paço do Frevo e no Teatro do Parque, respectivamente, e serão abertos ao público, por ordem de chegada.

O Festival também promoverá três oficinas, entre os dias 19 e 25, ministradas por Carmem Luz, Estela Lapponi e Jessé, para profissionais da dança. As inscrições serão gratuitas e deve ser feitas pela internet, no link https://forms.gle/A1WMcSWzo23kz6KVA.

Homenageados

Para celebrar todos os corpos e grupos que asseguram tônus à vocação do Recife para fazer da cultura um movimento que nunca cessa, o 26º Festival Internacional de Dança vai render homenagem à bailarina, coreógrafa, professora e produtora Mônica Lira e ao Grupo Experimental, do qual é fundadora e diretora.

Mestra em dança, especializada em gestão, produção cultural e dança contemporânea, Mônica sempre foi corpo, inspiração e emoção a serviço da arte, tendo atuado também na esfera pública, como gestora cultural.

À frente do Grupo Experimental, segue promovendo, desde 1993, o encontro entre o Recife, seus palcos, aplausos, ruas e rotinas com a dança. E com o mundo. Além de percorrer mais de 40 cidades no Brasil, o Experimental, que já recebeu prêmios como o Klauss Vianna, desembarcou a cara, o jeito, a forma de sentir e se expressar do Recife em Portugal, na Espanha, Itália, Lima, Equador, Colômbia…

Sempre abrindo novos caminhos para a dança, Mônica e seus experimentais seguem subvertendo asfalto em palco, corpo em música e em poesia, Recife em mundo inteiro.

Confira a programação completa, que estará disponível, antes, durante e depois do Festival, no perfil @culturadorecife, no Instagram:

PROGRAMAÇÃO

26º Festival Internacional de Dança do Recife

De 19 a 26 de outubro

Acesso gratuito (ingressos distribuídos uma hora antes de cada espetáculo)

Dia 19 (quinta-feira)

19h – “Sociedade dos Improdutivos”, da Cia Sansacroma (São Paulo), no Teatro de Santa Isabel

Dia 20 (sexta-feira)

17h – “Sous Les Plis”, da Cia Félicete Chazerand (Bélgica), no Teatro de Santa Isabel

19h e 21h – “Caosmose”, do Grupo Experimental (Recife), no Espaço Rede Moinho, na Travessa Tiradentes, 148, Recife Antigo

20h30 – “Lança Cabocla”, da Plataforma Lança Cabocla (Fortaleza/São Luís/Salvador), no Teatro Barreto Júnior

Dia 21 (sábado)

10h – “Território de Passos e Sonhos”, do Grupo Deveras (Recife) Lançamento do livro “Deveras, a Arte Teimosa na Brasília”, no Largo Padre Jaime, Rua Carapina (em frente à igreja católica de Brasília Teimosa)

15h – Roda de diálogo Arte e Acessibilidade, com Estela Lapponi (SP), Matheus Pimentel e mediação de Andreza Nóbrega, no Paço do Frevo

18h – “Caosmose”, do Grupo Experimental (Recife), no Espaço Rede Moinho, na Travessa Tiradentes, 148, Recife Antigo

19h – “Mar Fechado”, do Grupo Agridoce (Recife), no Teatro do Parque

Dia 22 (domingo)

16h – Cine Dança Debate com Carmem Luz, Edson Vogue e Marina Mahmood, no Teatro do Parque

16h – “Eu cá com meus botões”, do Coletivo Trippé (Petrolina), no Parque Dona Lindu

18h – “Caosmose”, do Grupo Experimental (Recife), no Espaço Rede Moinho, na Travessa Tiradentes, 148, Recife Antigo

19h – “Généretions – battle of portraits ”, da Cie R.A.M.a (França), no Teatro de Santa Isabel

Dia 24 (terça-feira)

19h – “Itaêotá”, do Grupo Totem (Recife), no Teatro Apolo

20h – “Revinda”, solo de Rebeca Gondim “Obirin-Kunhã”, solo de Marcela Rabelo, no Teatro Hermilo Borba Filho

Dia 25 (quarta-feira)

16h – “Superficiais”, da Cia Etc. (Recife), na Vila do Pilar, em frente à Escola Nossa Senhora do Pilar

19h – Primeira Cena (“Saída de Emergência”; “Manifesto do Invisível”; “Baixa Fidelidade Urbana”; e “Aruanã”), no Teatro Hermilo Borba Filho

20h – “Inverso Concreto”, de Cláudio Lacerda (Recife), no Teatro Apolo

Dia 26 (quinta-feira)

16h – Exibição do documentário “Conceição em nós”, do Grupo Experimental, no Teatro do Parque

18h – “Pontilhados”, do Grupo Experimental Lançamento do livro “Pontilhados: dançando experiências humanas em mundos desumanos”, no Teatro do Parque

19h – Batalha de breaking

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