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A Raul Henry, Baleia Rossi comunica que federação com União Brasil não vinga

Pernambuco constava na lista dos sete estados que, nas contas da direção nacional do MDB, não queriam federação com o União Brasil em função dos conflitos regionais. Os outros 20 tinham situação mais flexível. A despeito disso, os planos das duas siglas de federar não evoluíram conforme a entusiasmada aposta inicial e a federação não deve vingar.

A informação foi confirmada pelo presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, que se reuniu, nesta quarta-feira (23), com o deputado federal Raul Henry, dirigente da legenda no Estado. Os dois foram à mesa em  Brasília no gabinete da presidência do MDB na Câmara dos Deputados.

A conversa se deu à tarde antes de o dirigente estadual pegar, à noite, o voo de volta para o Recife. “Conversei com Baleia Rossi. É praticamente certo que não haverá federação com União Brasil com participação do MDB”, relata Raul Henry à coluna.

Como a coluna cantara a pedra, ainda na última quinta-feira, a expectativa, até ali, era de que fosse criada uma comissão, com cinco representantes da legenda, para tratar do assunto. A mesma medida seria adotada pelo União Brasil. Particularidades regionais que geram ruídos, então, seriam dirimidas por essas comissões.

Um grupo de trabalho envolvendo o União Brasil, o MDB e o PSDB, inclusive, chegou a ser projetado com reunião prevista para última terça-feira (22), visando a discutir, exatamente, a federação. Segundo fontes que acompanham as movimentações, Luciano Bivar, dirigente nacional do União Brasil, teria ido à mesa com Baleia nesta mesma terça, numa troca de impressões que realçara os conflitos regionais.

Na mesma terça-feira, o vice-presidente do União Brasil em São Paulo, deputado federal Alexandre Leite, declarou à coluna Painel da Folha de São Paulo que, no cenário de hoje, a federação juntando MDB e União Brasil não deve sair do papel.

O parlamentar falou em perda de oito deputados, caso a composição com o MDB vingasse, e afirmou que “somar com eles para perder não faz sentido”. Em Pernambuco, o MDB integra a Frente Popular e vai apoiar a candidatura o deputado federal Danilo Cabral ao Governo do Estado, enquanto o União Brasil tem o prefeito Miguel Coelho concorrendo a governador pela Oposição.

Em função disso, a projeção de federação fez acender o sinal amarelo em integrantes das duas siglas nas últimas semanas. Como a coluna registrara, a instância decisória para esse caso era a nacional e Baleia já fez o comunicado a Henry.

Restam três


Diante do argumento de lideranças do centro, verbalizado à coluna pelo deputado Augusto Coutinho, de que o conjunto se sente excluído do debate da construção da chapa da Frente Popular, o senador Humberto Costa, à coluna, observa: “Ainda tem três vagas, duas de suplente de senador e uma vaga de vice-governador. Só porque o PT quer o Senado, isso quer dizer que está discriminando alguém? Ou excluindo quem quer que seja?”.

Gesto > Humberto prossegue: “Acho natural que o PT indique nome para o Senado, já que fez o gesto (de abrir mão de encabeçar chapa) que fez, e tem o peso de Lula nessa construção. Se o PT não puder sugerir nome para o Senado…”. O petista observa que o PT colocou sua proposta, mas vai ouvir o conjunto da aliança.

Ação e reação > Sobre o lançamento de Fabiano Contarato ao governo do Espírito Santo, onde o PSB aguarda apoio, Humberto assinala: “Foi a postura do Casagrande que nos levou a isso”. 

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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo

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