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Sindicatos e colégios pernambucanos em alerta com onda de ameaças às escolas no Brasil

Como não poderia ser diferente, o crescimento da onda de ameaças às escolas pelo País tem deixado colégios e sindicatos de educação em alerta em Pernambuco. Procuradas pela reportagem, instituições voltadas para o ensino afirmaram já estar tomando providências junto aos órgãos de segurança para evitar que os colégios do Estado virem alvos de ataques

De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), Ivete Caetano de Oliveira, a associação esteve reunida com a Secretaria de Educação, nesta segunda-feira (10), para estudar medidas preventivas. A segurança nas escolas será um paliativo a curto prazo. Segundo Ivete, escolas de diferentes regiões de Pernambucano já relataram ameaças ao Sintepe. 

“Tem questões complexas em relação as origens das violências. Algumas medidas têm que ser mais rápidas, como patrulhas nas escolas, que estão sendo providenciadas. Outras a médio e longo prazo, que envolve uma discussão mais ampla de como previnir a violência nas escolas. A violência é da sociedade, mas chega na escola como parte de um espaço da sociedade. Solicitamos um comitê para tratar disso, para previnir”, contou.

“Várias escolas se reportaram ao Sintepe. Não só públicas, mas particulares também. Da Mata Sul, do Sertão, e até mesmo aqui na Região Metropolitana. Ameaças anônimas feitas no Instagram. Mas, segunda a Secretaria de Educação, a Secretaria de Segurança Pública já está monitorando para saber de onde estão vindo essas ameaças”, completou.

Já de acordo com José Ricardo, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe-PE), orientações estão sendo repassadas às escolas, caso ameaças sejam feitas às instituições. 

“Que nós saibamos, não (chegaram ameaças). Isso chega através das redes sociais de forma muito contundente. Mas, todos nós estamos preocupados, escolas, pais… Estamos orientando as escolas a lidarem com a situação, a lidarem com as famílias dos alunos. Já procuramos a Polícia Civil, soube que estão trabalhando para encontrar a origem desses ataques. A complexidade é grande, porque não é uma coisa localizada aqui (no Estado)”, pontuou. 

Entre as instituições de ensino mais tradicionais de Pernambuco, o Colégio Santa Maria, que tem unidades em Boa Viagem e na Reserva do Paiva, também se posicionou a respeito das ameaças, salientando seu protocolo de segurança, que é iniciado a partir do uso obrigatório de fardamento.

São elas: catracas com leitura de biometria, possibilitando o acesso às unidades apenas para as pessoas cadastradas previamente; controle de entrada e saída de estudantes, visitantes e fornecedores; obrigatoriedade do uso do uniforme para todos os níveis de ensino; sistema de vídeo por monitoramento com mais de 130 câmera de alta resolução; e assistentes de segurança espalhados pelo colégio.

O diretor Ricardo Andrade, por meio de uma nota, classificou a segurança dos funcionários e estudantes como prioridade. “Reforçamos que a segurança sempre foi nossa prioridade e que permanecemos vigilantes, com medidas que garantam um ambiente seguro e acolhedor. Implantamos protocolos de segurança, tanto para gerenciar, quanto para prevenir situações emergenciais”, assegurou o diretor.

Ainda por meio da nota, o Santa Maria informou que a partir desta terça-feira (11) desativará o acesso ao colégio pelo bloco da faculdade. Assim, todo o fluxo de pessoas passará pelas catracas com leitores faciais.

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